O Papa Francisco pediu, neste domingo, uma solução justa e pacífica para a crise na Venezuela, na qual sejam respeitados os direitos humanos do povo, o qual confiou à proteção da Virgem de Coromoto.

"Aqui no Panamá, tenho pensado muito no povo venezuelano, ao qual me sinto particularmente unido nestes dias diante da grave situação que está ocorrendo", expressou o Santo Padre depois da oração do Ângelus no Lar O Bom Samaritano.

"Peço ao Senhor que se busque e alcance uma solução justa e pacífica para superar a crise, respeitando os direitos humanos e desejando exclusivamente o bem de todos os habitantes do país. Convido-os a rezar sob a proteção de Nossa Senhora de Coromoto, Padroeira da Venezuela", assinalou.

Francisco, que está no Panamá por ocasião da Jornada Mundial da Juventude, acompanha a crise na Venezuela, como destacou em 24 de janeiro o diretor interino da Sala de Imprensa da Santa Sé, Alessandro Gisotti.

"O Santo Padre, informado no Panamá das notícias provenientes da Venezuela, segue de maneira próxima o desenvolvimento da situação e reza pelas vítimas e por todos os Venezuelanos. A Santa Sé apoia todos os esforços que permitam poupar ulterior sofrimento à população", indicou.

Marco Antonio Ponce, coordenador do Observatório Venezuelano de Conflito Social, informou que até a tarde de sexta-feira pelo menos 29 pessoas morreram durante os protestos que começaram em 23 de janeiro em várias cidades do país.

A crise na Venezuela se aprofundou quando Nicolás Maduro foi empossado como presidente da Venezuela no dia 10 de janeiro, depois de ser reeleito em uma votação que muitos consideram fraudulenta e que não teve a participação dos principais representantes da oposição.

Em 23 de janeiro, o presidente da Assembleia Nacional e membro da oposição contra o governo, Juan Guaidó, se autodeclarou como "presidente interino da Venezuela", ignorando o mandato de Maduro.

Os Estados Unidos, vários países da América Latina e da Europa anunciaram que reconhecem Guaidó como presidente. Maduro foi apoiado pela Rússia, China e também pelo grupo terrorista Hezbollah.

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