Pervaiz Masih, cristão paquistanês que estava preso por um suposto crime de blasfêmia desde setembro de 2015, foi absolvido em 15 de janeiro.

Este jovem cristão foi preso em 2 de setembro de 2015 por um suposto crime de blasfêmia, depois de uma disputa privada com um muçulmano pela venda de material de construção.

A equipe de "The Voice Society", uma organização que trabalha com a proteção e assistência legal de cristãos vítimas de pressões e de discriminação no Paquistão, assumiu o caso e apresentou ao tribunal competente um pedido de absolvição por falta de provas contra Pervaiz.

Conforme relatado à agência vaticana Fides, o distrito de Kasur, onde ocorreu o caso de Pervaiz, é uma das áreas mais conservadoras de Punjab (Paquistão) e é muito perigoso ser acusado de blasfêmia nesta área.

Aneeqa Maria Anthony, responsável por "The Voice Society", disse à Fides que o caso Pervaiz é uma das raras acusações de blasfêmia "em que foi concedida a liberdade sob fiança ao acusado".

"Foram três longos anos de julgamento nos quais a família dele sofreu muito e perdeu sua filha de três anos. Segundo a nossa informação, os acusadores podem tê-la matado por sufocamento para punir Pervaiz e sua família por causa da suposta blasfêmia cometida contra o profeta” Maomé, disse o chefe de "The Voice Society".

Além disso, ressaltou que durante o interrogatório feito à esposa de Pervaiz, ela sofreu várias torturas pela polícia para induzi-la a uma confissão.

O advogado disse que Pervaiz foi libertado porque "não havia provas contra ele e porque o caso dele foi seriamente abordado pela defesa", então o tribunal teve que libertá-lo.

Apesar de ser libertado, Pervaiz ainda é considerado "um blasfemo" pelos muçulmanos.

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