No dia 16 de janeiro, o Papa Francisco nomeou como Visitador Apostólico para Puerto Montt (Chile) Dom Jorge Patrón Wong, atual Secretário de Seminários da Congregação para o Clero.

O anúncio foi feito pela Arquidiocese de Puerto Montt, à qual Dom Patrón chegará em 19 de janeiro e onde permanecerá até o dia 24 do mesmo mês.

A nomeação de Dom Patrón responde a uma solicitação feita pelo Administrador Apostólico da Arquidiocese de Puerto Montt, Pe. Ricardo Morales Galindo.

O Santo Padre enviou Dom Patrón “para que em seu nome possa manifestar sua proximidade ao Povo de Deus” e para “proporcionar um espaço de encontro e escuta, no qual possam se expressar com liberdade todos os sacerdotes, membros representantes da vida consagrada e do laicato de Puerto Montt”, descreve o comunicado da jurisdição.

“O objetivo do Visitador será avaliar e informar a Santa Sé sobre o estado da vida, do ministério e da disciplina do clero, incentivará a pastoral dos presbíteros e sugerirá iniciativas para o acompanhamento dos sacerdotes”.

Além disso, continua o comunicado, “colocará especial atenção na pastoral vocacional e na formação da pequena comunidade formativa do seminário”.

Pe. Ricardo Morales Galindo, também Provincial da Ordem das Mercês no Chile, assumiu o governo da Arquidiocese de Puerto Montt em junho de 2018, depois que o Papa Francisco aceitou a renúncia de Dom Cristián Caro.

A nomeação ocorre depois que alguns fiéis na Missa da Solenidade da Imaculada Conceição, em 8 de dezembro de 2018, exigiram a saída de Frei Morales pela denúncia que fez contra dois sacerdotes da Arquidiocese.

A Arquidiocese também anunciou a investigação de alguns sacerdotes por suposto abuso sexual contra menores. Além disso, o Administrador Apostólico depôs diante da justiça por um suposto encobrimento de abuso sexual por parte de um membro de sua congregação.

As medidas e ações tomadas pelo Santo Padre e pela Igreja no Chile se deram com o objetivo de restabelecer a justiça e comunhão eclesial após os contínuos escândalos de abuso sexual cometidos por alguns membros da Igreja local.

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