O diretor interino da Sala de Imprensa do Vaticano, Alessandro Gisotti, reafirmou no sábado, 5 de janeiro, a postura oficial da Santa Sé sobre a exumação dos restos mortais do ditador espanhol Francisco Franco.

Em um comunicado enviado à imprensa, Gisotti observou que "sobre a transladação dos restos mortais de Franco não tenho nada a acrescentar em relação ao que já foi afirmado pela Santa Sé, isto é, o assunto diz respeito à sua família, ao governo espanhol e à Igreja local".

Francisco Franco, nascido em 1892 em Madri, governou a Espanha desde 1939, quando os nacionalistas liderados por ele derrotaram os republicanos na Guerra Civil Espanhola, até a sua morte em 1975.

Seus restos mortais foram enterrados no Vale dos Caídos, um complexo monumental perto de Madri, que inclui uma abadia e foi construído por ordem de Franco para homenagear as vítimas de ambos os lados da guerra civil.

Desde que assumiu o governo em meados de 2018, o atual presidente do governo da Espanha, Pedro Sánchez Pérez-Castejón, do Partido Socialista Obrero Español (PSOE), ofereceu exumar os restos de Franco do Vale dos Caídos.

Caso seja exumado, o destino final dos restos mortais do ditador permanece incerto, ainda não se definiu se serão enterrados na Catedral de Almudena, em Madri, ou em um terreno afastado da capital espanhola.

Em agosto de 2018, a Arquidiocese de Madri observou que "um possível translado dos restos mortais de Francisco Franco Bahamonde deveria ser feito com o maior consenso possível, particularmente entre o governo e a família do falecido".

De acordo com uma pesquisa publicada em 2 de janeiro deste ano pelo jornal La Razón, 82,1% dos espanhóis não veem a exumação dos restos de Franco como prioridade.

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