A católica Annegret Kramp-Karrenbauer foi eleita como a nova líder a União Democrática Cristã (CDU), o maior partido político da Alemanha, após uma sessão especial realizada no dia 7 de dezembro.

Kramp-Karrenbauer ocupará o cargo no qual esteve a atual chanceler alemã, Angela Merkel, entre os anos 2000 e 2018.

Casada e mãe de três filhos, a nova líder da CDU foi secretária geral do partido e ministra-presidente da região ocidental alemã de Saarland. Nesta oportunidade, obteve 517 de 1001 votos, vencendo Friedrich Merz, ex-membro do Parlamento Europeu e do Parlamento alemão.

Como nova líder da CDU, Kramp-Karrenbauer, que é considerada liberal no aspecto econômico, poderia se tornar a nova chanceler da Alemanha depois que Angela Merkel deixe o cargo em 2021.

Kramp-Karrenbauer se manifestou em diferentes ocasiões como defensora do casamento como a união entre homem e mulher.

“Se abrimos a definição (de casamento) para que seja uma associação de longo prazo entre dois adultos, então, poderia se legalizar outras coisas, como o casamento entre dois parentes próximos ou entre mais de duas pessoas”, disse a líder católica em 2015.

O “casamento” homossexual foi legalizado na Alemanha em 2017.

Entretanto, Kramp-Karrenbauer apoia abertamente a ordenação sacerdotal de mulheres. Em declarações no começo do ano ao jornal ‘Die Zeit’, a líder disse que “é muito claro, as mulheres têm que ter posições de liderança na Igreja”, incluindo o sacerdócio, mas começando “com uma meta mais realista”, que seria o das diaconisas.

Sobre o tema da imigração na Europa, a Alemanha se tornou um dos destinos principais de quem chega especialmente da África e do Oriente Médio.

Desde 2015, com a política aprovada por Merkel, essas pessoas encontram refúgio na Alemanha, que, na prática, lidera a União europeia por seu poder econômico.

Em relação a esta questão, Kramp-Karrenbauer disse em novembro à televisão NTV que não estava de acordo com “um debate que olhasse para trás” ou “um debate eterno sobre o que se tinha feito mal ou bem no outono de 2015”. Em vez disso, prefere um debate “honesto” sobre os efeitos atuais de anos de “migração sem controle e sem integração”.

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