O presidente da Bolívia, Evo Morales, novamente atacou os bispos do país e os acusou de trair Jesus, a quem chamou de “primeiro socialista do mundo”.

“Não faltam alguns poucos bispos, da hierarquia eclesiástica, que se inclinam para os poderosos, para a direita, traindo Jesus”; mas, “Jesus é o primeiro socialista do planeta”, disse Evo Morales em meio a um ato universitário na cidade de Villa Tunari, Cochabamba.

Esses bispos, continuou Morales, “abandonam o cristianismo, que é solidariedade, complementariedade; mas não importa, farão sempre esses pequenos grupos da Igreja Católica que ainda não esqueceram os tempos de inquisição”.

O mandatário disse essas palavras depois que a Conferência Episcopal Boliviana (CEB) rejeitou a decisão do Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) de habilitar Morales e seu atual vice-presidente, Álvaro García, para que possam participar das eleições primárias e gerais de 2019.

O TSE tomou esta decisão apesar do referendo que, em fevereiro de 2016, rejeitou a postulação de Evo Morales a um quarto mandato presidencial.

Em sua última declaração, os bispos alertaram que o TSE “não atuou como poder autônomo, colocando em dúvida as bases da democracia e abrindo um futuro incerto para os bolivianos”.

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