Uma das principais críticas que alguns padres sinodais estão fazendo no Sínodo dos Bispos sobre os jovens é a visão excessivamente eurocêntrica com que os assuntos são apresentados.

Um exemplo disso, que hoje ficou em destaque na coletiva de imprensa diária, é a da diminuição da participação na Missa. O padre sinodal e Bispo de Mamfe (Camarões), Dom Andrew Nkea Fuanya, explicou que em muitas intervenções se falou desse problema e se contou como as igrejas estão cada vez mais vazias.

Entretanto, assinalou que na África ocorre exatamente o contrário. “Eu tenho a situação oposta: já não tenho espaço para todas as pessoas que vêm às igrejas de minha Diocese. E muitos deles são jovens”, assegurou.

Além disso, ressaltou que a forma como se vai à Missa na África é muito diferente da forma do Ocidente. “Nós não nos limitamos a ‘dizer’ a Missa, nós ‘celebramos’ a Missa. Às vezes, dura duas ou três horas e, depois, ficamos em comunidade”, indicou.

Dom Fuanya destacou a força da instituição familiar na África e assinalou que “nossos valores tradicionais continuam correspondendo aos valores da Igreja”.

Nesse sentido, disse que “a Igreja deveria ser mais clara, porque os jovens procuram orientação na busca da verdade por parte da Igreja”.

Carta aos jovens

Sobre o avanço dos trabalhos sinodais, o Prefeito do Dicastério para a Comunicação, Paolo Ruffini, informou que “nesta manhã foi lida a proposta da carta aos jovens, que será lida no domingo na Missa de encerramento do Sínodo”.

Até o momento, “a carta é um rascunho. Ainda não foi finalizada e, como o documento final, ainda tem que ser debatida”.

Além disso, na manhã desta quarta-feira, 24 de outubro, “foi apresentado o procedimento para a eleição dos 21 membros do próximo Conselho do Sínodo”.

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