Um seminarista de 19 anos, identificado como Gérard Anjiangwe, foi assassinado a queima-roupa por militares em frente a uma igreja em Camarões, momentos depois da celebração da Missa.

A Arquidiocese de Bamenda informou em um recente comunicado, assinado pelo Arcebispo, Dom Cornelius Fontem Esua, que este tráfico fato ocorreu no último dia 4 de outubro, às 9h30, após a celebração da Missa, na igreja de Santa Teresa, localizada na cidade de Bamessing, no departamento de Ngo-ketunjia.

Muitos fiéis já tinha se retirado e Anjiangwe estava em frente ao templo conversando com algumas pessoas quando um grupo de militares chegou.

“Alguns dos militares ficaram na caminhonete e começaram a atirar. Vários coroinhas que estavam voltando para suas casas depois da Missa correram de volta para a igreja e outros para um arbusto próximo. Os leitores que estavam com Gérard perto da sacristia, ao ver os militares chegar, correram para a sacristia e fecharam a porta”, indica o texto.

O seminarista “ainda estava do lado de fora e se prostrou no chão enquanto rezava o terço”, prossegue o comunicado.

“Os militares tentaram abrir a igreja, mas não conseguiram. Aproximaram-se de Gérard, que estava prostrado no chão e lhe pediram que levantasse, coisa que fez sem duvidar”, assinalou o Arquidiocese de Bamenda.

Depois de interrogar o seminarista, os soldados “lhe pediram que se abaixasse novamente. Então, dispararam três vezes em seu pescoço e morreu instantaneamente”.

A Arquidiocese de Bamenda expressou suas condolências aos familiares de Gérard Anjiagwe, especialmente aos seus pais, pois era filho único, e convidaram os fiéis a rezar pelo eterno descanso do seminarista.

A agência vaticana Fides indicou que o assassinato do seminarista faz parte das tensões antes e durante as eleições presidenciais que aconteceram em 7 de outubro nas regiões de fala inglesa de Camarões. O atual presidente, Paul Biya, saiu vencedor com mais de 71% dos votos.

Biya é presidente do país desde 1982.

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