Relator Geral do Sínodo dos Bispos que começou nesta quarta-feira, 3 de outubro, o Presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Cardeal Sérgio da Rocha ressaltou em recente entrevista que a “elaboração do Documento Sinodal é uma tarefa coletiva”.

A XV Assembleia Geral ordinária dos Bispos teve início na manhã desta quarta-feira com a Missa presidida pelo Papa Francisco na Praça de São Pedro e, à tarde, a abertura  das atividades com uma oração e discurso pronunciado pelo Pontífice.

Este Sínodo tem como tema “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional” e seguirá até o próximo dia 28 de outubro.

Também Arcebispo de Brasília, o Cardeal Sérgio da Rocha foi nomeado Relator Geral do Sínodo, algo que diz ter acolhido “com surpresa e profunda gratidão ao Papa Francisco”.

Em recente entrevista a agência de notícias SIR, recolhida pelo site da CNBB, o Purpurado admitiu que embora “seja membro do Conselho da Secretaria do Sínodo, não esperava ser convidado para esta função”.

“Certamente, há outros bispos que poderiam prestar este serviço tão exigente, melhor do que eu, mas estou procurando fazer o melhor possível, contando especialmente com a colaboração dos Secretários Especiais nomeados por Francisco, além da própria Secretaria Geral do Sínodo”, assinalou.

Em relação à “elaboração do Documento Sinodal”, Dom Sérgio explicou que esta “é uma tarefa coletiva, apesar da responsabilidade do relator”.

“Espero colaborar para valorizar e acolher, o mais possível, as contribuições dos participantes da Assembleia Sinodal, de modo que o texto conclusivo seja da Assembleia unida ao Papa Francisco”, sublinhou.

O Cardeal avaliou também “o caminho de preparação para o Sínodo”, o qual considerou “bastante participativo”.

“O Papa Francisco tem ressaltado a necessidade de ouvir os jovens. Eles participaram generosamente desta etapa, respondendo o questionário online e divulgando o Sínodo nas redes sociais”, observou.

Além disso, considerou que “a reunião pré-sinodal, contando com jovens do mundo todo, foi de especial importância na preparação sinodal”. “Jovens dos vários continentes estão mostrando que querem participar da Igreja, que querem conhecer e seguir a Cristo na Igreja, que estão dispostos a evangelizar outros jovens”.

De modo específico, contou que no Brasil foram desenvolvidas “atividades pastorais nas paróquias e dioceses”, com os próprios jovens, “em vista do Sínodo”.

O Purpurado citou, por exemplo, “publicações, palestras e encontros de reflexão” sobre o tema, além do “uso das redes sociais na divulgação do Sínodo”.

Além disso, assinalou, “a Comissão Episcopal para a Juventude da Conferência Episcopal tem desenvolvido um trabalho intenso e muito bonito, procurando envolver os jovens das diferentes regiões do país nesta etapa preparatória”.

O Presidente do Episcopado Brasileiro indicou que para a pastoral juvenil do país, a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Rio 2013 proporcionou “novo impulso”, porém, reconheceu que ainda há um “longo caminho a percorrer, pois há muitos jovens que não conhecem Cristo”.

“O Sínodo está sendo outro momento importante de animação da evangelização da juventude, incentivando os jovens a participarem mais das comunidades. A Igreja ‘em saída’, enfatizada pelo Papa Francisco, necessita ir ao encontro dos jovens, com redobrado empenho, para compartilhar com eles a alegria do Evangelho”, concluiu.

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