A Igreja celebra pela última vez a festa de Paulo VI como Beato neste dia 26 de setembro, pois o Pontífice será canonizado pelo Papa Francisco no próximo dia 14 de outubro, juntamente com Dom Óscar Romero, durante o Sínodo sobre os jovens, que acontecerá no Vaticano.

O Beato Paulo VI é o Papa autor da encíclica Humanae Vitae, a visionária encíclica sobre a defesa da vida e da família, e quem concluiu o Concílio Vaticano II, iniciado em 1962 por São João XXIII.

Giovanni Battista Montini nasceu na Lombardia (Itália), em 26 de setembro de 1897, e faleceu em Castel Gandolfo, em 6 de agosto de 1978, após um pontificado de 15 anos iniciado em 1963.

Em 29 de maio de 1920, aos 22 anos, foi ordenado sacerdote e enviado a Roma para estudar na Pontifícia Universidade Gregoriana, na Universidade de Roma La Sapienza e na Pontifícia Academia Eclesiástica.

Quatro anos depois, foi designado para o escritório da Secretaria de Estado, onde permaneceu por 30 anos.

No dia 1ºde novembro de 1954, aos 57 anos, foi nomeado Arcebispo de Milão e, em 15 de dezembro de 1958, São João XXIII o nomeou Cardeal.

Em 1963, com a morte de São João XXIII, o então Cardeal Montini foi eleito Papa no dia 21 de junho, tomando o nome Paulo VI e dizendo ao mundo que continuaria com o trabalho de seu predecessor.

No dia 24 de junho de 1967, abordou o tema do celibato em uma encíclica e em 24 de julho de 1968 escreveu em sua encíclica Humanae Vitae sobre a regulação da natalidade. Ambos foram temas controversos durante seu pontificado.

O Beato protagonizou importantes mudanças na Igreja. Algumas de natureza ecumênica, como seu célebre abraço com o patriarca Atenágoras, em 1964, e o mútuo levantamento de excomunhões.

Outros, de índole pastoral, como ter iniciado a era moderna das viagens pontifícias com visitas aos cinco continentes, assim como a Terra Santa e a ONU. Além disso, promulgou em 1969 a reforma litúrgica.

Paulo VI também criou cardeais Karol Wojtyla, em 1967 e Joseph Ratzinger, em 1977, os quais seriam seus sucessores São João Paulo II e Bento XVI, respectivamente.

As encíclicas escritas pelo beato são Ecclesiam Suam (6 de agosto de 1964), Mense Maio (29 de abril de 1965), Mysterium Fidei (3 de setembro de 1965), Christi Matri (15 de setembro de 1966), Populorum Progressio (26 de março de 1967), Sacerdotalis Caelibatus (24 de junho de 1967) e Humanae Vitae (25 de julho de 1968).

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