Lila Rose, presidente e fundadora da plataforma pró-vida ‘Live Action’, denunciou que a rede social Twitter não é neutra quando se trata de abordar o tema do aborto, embora assegure o contrário.

Em um artigo intitulado “Twitter finge neutralidade política, mas minha organização pró-vida vê enviesamento em primeira mão”, publicado em 16 de setembro em USAToday, Rose denunciou que “a Planned Parenthood e os grupos abortistas mostram publicidade livremente, enquanto os anúncios pró-vida são marcados como ‘ofensivos’. Esse duplo padrão é algo que deve preocupar a todos”.

Rose explicou que o CEO do Twitter, Jack Dorsey disse à imprensa em várias ocasiões que a sua rede social não quer proibir conteúdo baseado nos pontos de vista dos usuários. Também disse isso ante a Câmara de Representantes, quando assegurou que não bloqueavam os conservadores. Inclusive escreveu que “o propósito do Twitter é servir ao diálogo público e não fazemos julgamentos de valor sobre as crenças pessoais”.

“Entretanto, há anos o Twitter bloqueou uma das organizações pró-vida mais conhecidas na internet, a fim de que não promova a nossa mensagem pró-vida na plataforma. Assim, posso dizer-lhes a partir da minha experiência que a declaração de Jack Dorsey é mentira”, escreveu Rose.

Do mesmo modo, Lila Rose explicou que a razão que o Twitter dá para bloquear o conteúdo da ‘Live Action’ está relacionado à proibição de “conteúdo provocador ou que pode exaltar uma reação negativa forte”. Alguns destes conteúdos são “fotos de bebês em desenvolvimento no útero ou imagens de ultrassom, como aquelas que os pais que estão esperando um bebê colocam em suas geladeiras", acrescentou.

Rose acrescentou que, embora o Twitter não censure seus tuítes diretamente, o que fez foi “proibir a possibilidade de promover o nosso conteúdo além dos nossos seguidores, a menos que eliminemos quatro tuítes que considera ofensivos”.

Estes tuítes se referem, entre outros, “às nossas investigações encobertas da indústria de aborto, tuítes incentivando a acabar com o financiamento da Planned Parenthood”.

A presidente de ‘Live Action’ destacou que buscam educar os usuários do Twitter sobre o que “o aborto realmente faz com uma criança e quanto se desenvolveu um pequeno que sofre um aborto”. Rose explicou que, no final das contas, “este é um tema de vida ou morte para milhões de crianças”.

Rose lamentou que o Twitter permita tuítes que incentivem a silenciar as vozes pró-vida "como a nossa".

"Quando uma plataforma com mais de 300 milhões de usuário escolhe assumir um lado sobre temas importantes – suprimindo algumas vozes e promovendo outras –, isso certamente pode ter um efeito negativo em nosso diálogo nacional, na nossa política e inclusive nas nossas leis", alertou.

"Devemos estar conscientes de que uma entidade que supostamente foi criada para democratizar a liberdade de expressão, o que realmente quer é controlá-la", concluiu.

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