A conhecida apresentadora de televisão dos Estados Unidos Oprah Winfrey foi criticada pelos líderes pró-vida por impulsionar na sua revista “O” a campanha “Shout Your Abortion”, que encoraja as mulheres a alardear os seus próprios abortos.

As críticas a Winfrey apareceram depois que na edição de julho de “O Magazine” se publicou o artigo “Como uma mulher se tornou ativista com o hastag #ShoutYourAbortion”, escrito por Amelia Bonow, uma das fundadoras do movimento abortista.

#ShoutYourAbortion é uma campanha das redes sociais onde as mulheres compartilham as suas experiências depois de praticar um aborto, supostamente sem "tristeza, vergonha ou arrependimento".

O texto narra como Bonow criou o movimento abortista em 2015, depois que a Câmara dos Deputados dos Estados Unidos votou para cortar os fundos da Planned Parenthood, multinacional investigada por tráfico de órgãos de fetos abortados.

“The New American” assinalou a importância de que Oprah apoie as mensagens pró-abortistas, “especificamente porque aparece regularmente entre as ‘mulheres mais admiradas’ dos Estados Unidos”.

“A Revista Winfrey tem 10 milhões de leitores e o seu apoio a um movimento que defende essencialmente o aborto como algo de se se vangloriar com certeza aumentará a probabilidade de que as mulheres se submetam a este procedimento horrível", explicou.

No Twitter, o diretor de Priests for Life (Sacerdotes pela vida), Pe. Frank Pavone, disse que Oprah "ignora as mulheres que lamentam seus abortos".

Janet Morana, diretora executiva de Priests for Life e cofundadora da organização "Silent No More Awareness Campaign", formada por mulheres arrependidas de ter abortado, disse que "as mulheres de ‘Silent No More’ estiveram falando publicamente sobre os seus abortos desde 2003, e onde estava Oprah?”.

"Diga a Oprah que ‘Silent No More’ surgiu muito antes do que #ShoutYourAbortion", acrescentou.

Por sua parte, a responsável pelas Relações Públicas da organização pró-vida ‘Human Coalition’, Luaren Enriquez, questionou #ShoutYourAbortion por não mostrar "a verdade de que o aborto prejudica muitas mulheres".

Finalmente, a ativista pró-vida e presidente de ‘Culture of Life Africa’, Obianuju Ekeocha, disse em sua conta no Twitter que, embora as mulheres abortem por razões diferentes, "o que a maioria delas têm em comum é o profundo arrependimento depois".

"Por favor, escolha a vida para o seu bebê", acrescentou. Em seguida, compartilhou algumas histórias da vida real "de mulheres que lamentaram ter abortado e de homens que se arrependem de perder a oportunidade de ser pais".

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