A Conferência Episcopal Argentina (CEA) agradeceu no dia 9 de agosto a todos os homens, mulheres, senadores e organizações que defenderam a vida durante estes meses de debate e que terminou com o rechaço do projeto de lei que buscava permitir o aborto.

Através de um comunicado, a CEA agradeceu "especialmente o testemunho dos pobres, que sempre nos ensinam a receber a vida como vem e a saber cuidar dela, porque é um dom de Deus".

Além disso, destacaram que durante estes meses de debate público, o diálogo ecumênico e inter-religioso cresceu graças aos esforços conjuntos "para proteger a vida, desde a concepção até a morte natural".

Entretanto, encorajou o país a "trabalhar as novas divisões que surgiram entre nós a partir deste projeto, através de um renovado exercício de diálogo".

"Trata-se agora de prolongar esses meses de debate e propostas na concreção do compromisso social necessário para estar próximos de toda a vida vulnerável", acrescentou.

A educação sexual responsável, o acompanhamento dos lares maternais nos bairros e o atendimento das mulheres que abortaram são um dos "grandes desafios pastorais para anunciar com mais claridade o valor da vida", assegurou a CEA.

Por sua parte, Pe. Christian Viña encorajou a celebração pelo resultado da votação, mas também chamou a ser "guerreiros da vida".

"Depois desta batalha, devemos entender que a luta continua, porque estamos diante, nem mais nem menos da batalha final (Ap 20, 7- 10); que, como vemos, terá como um dos seus alvos principais o matrimônio e a família", expressou.

Pe. Viña assegurou que nada será igual. "Os sacerdotes viram, cheios de alegria, o despertar do gigante adormecido dos leigos" com uma "vontade firme de arriscar-se por Aquele que faz novas todas as coisas".

“Também vimos que podemos argumentar em defesa do nascituro com razões científicas, legais, geopolíticas, sociológicas e psicológicas; e demonstrar que o fundamento teológico assume todos estas razões e lhes dá plenitude absoluta".

Entretanto, o sacerdote lamentou a "rachadura" que dividiu ainda mais o país nas mãos das "multinacionais do aborto e dos líderes financeiros da Nova Ordem Mundial".

"Um enorme trabalho nos espera para educar as nossas crianças e jovens, especialmente, em uma nova cultura da vida, na qual nenhum filho de Deus será visto como material descartável".

Finalmente, o sacerdote do bairro de Cambaceres, em La Plata, assegurou que "a onda azul veio para ficar". "Que esse azul, que a Virgem Maria deu à Argentina, brilhe para sempre em nosso solo".

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