A Arquidiocese de Bolonha (Itália) rechaçou um evento de "orgulho gay" realizado com crianças entre um e cinco anos em um acampamento de verão.

"A Igreja em Bolonha recebeu perplexa a notícia de que no acampamento de verão de uma escola na cidade de Casalecchio di Reno foi apresentado o evento do orgulho gay para crianças que estão na pré-escola", assinala o editorial publicado pelo semanário ‘Bologna Sette’ da Arquidiocese de Bolonha, recolhido pelo jornal italiano ‘Avvenire’ em 15 de julho.

"Um tema tão complexo precisaria ser enfrentado com mais prudência e certamente com a plena participação das famílias que são as primeiras responsáveis ​​pela educação dos filhos", acrescenta.

O jornal ‘Quotidiano Nazionale’ informou que entre as diferentes atividades realizadas com crianças em 12 de julho, organizaram "oficinas de pintura, escrita e leituras orientadas ao mundo homossexual".

A publicação indicou que não informaram aos pais a respeito do evento e que eles souberam desta atividade quando foram buscar seus filhos, pois saíram com seus rostos pintados com as "cores da diversidade".

Um dos cartazes usados ​​naquele dia dizia: "Hoje pintamos nossos rostos para celebrar juntos o orgulho gay".

O jornal ‘Bologna Sette’ também indicou que "o efeito desta iniciativa arbitrária provocou justaposições e instrumentalizações que não contribuem para a construção de um ambiente tranquilo de confiança entre a escola e os pais de família".

O presidente da cooperativa Dolce, que é responsável pelo acampamento de verão, Pietro Segata, pediu desculpas pelo evento e disse que "a comunicação entre escola e a família é fundamental, portanto, o nosso serviço não deve, de jeito nenhum, substituir o papel educativo das famílias, especialmente a respeito destes temas".

Segundo informa o jornal ‘Avvenire’, Segata explicou que os responsáveis ​​pelo evento do orgulho gay para crianças do pré-escolar são "educadores qualificados que trabalham conosco há muito tempo".

"Somos uma realidade sensível ao tema da diversidade, como nos impõe as normas ministeriais e internas; mas falamos da diversidade em todos os aspectos, não só em relação ao gênero ou às situações familiares", acrescentou.

O conselheiro do município de Casalecchio, Federico Cinti, advertiu que "trata-se de um acontecimento gravíssimo, porque envolve e instrumentaliza ideologicamente as crianças pequenas que não podem se defender do ponto de vista um psicológico ou pedagógico".

Por sua parte, o deputado Galeazzo Bignami comentou que nesta celebração do orgulho gay "falta todo o senso comum. Com um número infinito de fábulas instrutivas e atividades que podem ser propostas às crianças, a cooperativa não encontrou uma maneira melhor do que fazer uma oficina do orgulho gay?".

"Esta foi uma opção grave e inadequada que não têm justificativas, especialmente porque é claro que tais temas não têm posições unânimes. O evento não só é o resultado da falta de reflexão, mas provavelmente é instrumentador e provocativo", destacou Bignami e ofereceu uma investigação do parlamento local.

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