Cerca de um ano depois do terremoto que atingiu a região central do México, as Missionárias Clarissas do Santíssimo Sacramento, com firmeza e confiança na providência de Deus, permaneceram firmes na reconstrução da sua casa principal em Cuernavaca.

Em 19 de setembro de 2017, um terremoto de 7,1 graus atingiu durante cerca de 20 segundos a região central do México, afetando os estados de Morelos, Puebla, Tlaxcala, Estado do México, Cidade do México, entre outros.

A tragédia causou a morte de 369 pessoas, a maioria delas na capital do país.

Na casa principal das religiosas em Cuernavaca, no estado de Morelos, “toda a comunidade sentiu o tremor com muita força, que nem sequer conseguíamos dar um passo”, recorda Irmã Maria Elena, superiora da região do México, em declarações ao Grupo a ACI.

Logo depois do sismo, as religiosas procuraram as mais idosas para ajudá-las. Em seguida, confirmaram que as cerca de 50 irmãs estavam a salvo.

Entretanto, os edifícios sofreram danos após o terremoto.

A sala da casa principal havia perdido uma parede e tinha muitas rachaduras. Uma parte do local, que as religiosas mais idosas ajudaram a construir, teve que ser demolida.

Demolição do edifício "Assis", na casa principal das Missionárias Clarissas em Cuernavaca. Foto: Cortesia Missionárias Clarissas.

As Missionárias Clarissas do Santíssimo Sacramento foram fundadas em 1945, em Cuernavaca, pela Madre Maria Inés Teresa do Santíssimo Sacramento.

 

Religiosas participando da construção de um dos edifícios da casa principal, em meados do século XX. Foto: Cortesia Missionárias Clarissas.

Madre María Inés Teresa do Santíssimo Sacramento foi beatificada em 2012, pelo então Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, Cardeal Angelo Amato, na Basílica de Nossa Senhora de Guadalupe.

Atualmente, as Missionárias Clarissas do Santíssimo Sacramento têm 15 casas no México e estão em 14 países, entre eles, Costa Rica, Argentina, Estados Unidos, Espanha, Nigéria, Serra Leoa, Japão e Vietnã.

Missionárias Clarissas rezando na capela da casa principal em Cuernavaca. Foto: Cortesia Missionárias Clarissas.

“Recebemos da nossa Mãe Fundadora essa consciência de uma grande confiança na bondade de Deus, na sua misericórdia”, assegura Irmã Maria Elena.

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E a bondade de Deus e a generosidade da sua comunidade não faltaram depois do terremoto.

A religiosa indicou que a casa principal é muito querida pela congregação e, por isso, segundo as suas possibilidades, realizaram atividades em todos os lugares onde estão presentes para contribuir financeiramente na reconstrução.

“Realmente estamos muito agradecidas a todas as irmãs, não enviaram grandes doações, mas pouco a pouco tentamos encontrar uma maneira de que isso nos ajude”, afirmou.

Por sua parte, Irmã Katy, responsável pela reconstrução da casa principal, destacou que as religiosas realizam o seu apostolado na catequese para a Primeira Comunhão e a Crisma, na pastoral carcerária, assim como em um jardim de infância, “que também foi atingido” pelo terremoto.

O apostolado das Missionárias Clarissas na catequese das crianças que se preparam para a Primeira Comunhão e a Crisma. Foto: Cortesia Missionárias Clarissas.

Além disso, as religiosas dão palestras para “as meninas que completam 15 anos e que vêm aqui para celebrar a Missa de Ação de Graças”.

Para as Missionárias Clarissas, a contribuição de organizações como a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN) é muito importante.

A ACN contribuiu com 1 milhão e 142 mil pesos (cerca de 55 mil dólares), o que permitiu às religiosas consertar os danos, demolir o edifício mais atingido das suas instalações e realizar os planos para a sua reconstrução.

Com as obras, as religiosas, que têm como lema “É urgente que Cristo reine”, esperam poder realizar novamente seus diversos apostolados e ter lugares disponíveis para acolher pessoas para retiros e exercícios espirituais.

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