Através da organização Alliance Defending Freedom e de vários representantes da sociedade civil, os grupos pró-família e pró-vida conseguiram que fossem descartados os termos “intersex” e “saúde sexual e reprodutiva” de uma recente resolução da Organização dos Estados Americanos (OEA).

Esse fato foi destacado pela plataforma digital ‘Parejas Reales’, ao assinalar que a decisão dos delegados de não incluir estes termos no Projeto de Resolução sobre Promoção e Proteção dos Direitos Humanos, durante a assembleia realizada em 4 e 5 de junho em Washington, é o início de um processo de eliminação dos termos ideológicos dos grupos políticos LGBTI.

“Isso é um marco muito importante para as organizações da sociedade civil no âmbito da OEA”, indicou ‘Parejas Reales’ em um comunicado emitido em 6 de junho.

Indicou que no Projeto de Resolução sobre Promoção e Proteção dos Direitos Humanos “teria sido proposto introduzir o termo ‘intersex’, validar a polêmica opinião consultiva da Costa Rica à Corte Interamericana de Direitos Humanos que pretende obrigar todos os países a legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo, e incorporar o terma ‘saúde sexual e reprodutiva’ (com sua conotação de aborto provocado) em uma resolução sobre o papel do Mecanismo de Seguimento da Convenção de Belém do Pará – MESECVI”.

Entretanto, os termos foram recusados pelo consenso dos delegados dos Estados reunidos na 48ª Assembleia Geral da OEA. Foi o que confirmou Sergio Burga, pesquisador do Escritório para América Latina do Population Research Intitute, que participou do evento em Washington.

Em seu comunicado, ‘Parejas Reales’ comemorou que dia após dia aumenta a acolhida às propostas dos ativistas a favor da vida e da família de toda a América Latina aos embaixadores dos Estados.

“E, ao mesmo tempo, evidencia-se e diminui o respaldo ao contrabando ideológico que por anos havia penetrado estas resoluções da OEA. Cada vez é mais difícil que passem inadvertidos os mais funcionários que se submetem a esses lobbies ideológicos para ir contra as leis que protegem a vida e a família em seus próprios países”, indicou no texto.

A plataforma recordou que nos últimos 20 anos, o sistema da OEA “se viu invadido por lobbies que foram semeando termos como ‘saúde sexual e reprodutiva’, ‘identidade de gênero’, ‘orientação sexual’, ‘pessoas LGBTI’, entre outros”.

“Todos são derivados do termo ‘gênero’, que, como explicam os grupos políticos que o promovem, não é a igualdade entre homens e mulheres. Para esses grupos, é a eliminação das categorias homem e mulher para substituí-las pela diversidade de ‘gêneros’ que começaram chamando LGBTI”, indicou.

A plataforma assinalou que ainda falta “muito caminho a percorrer neste processo de ‘des-ideologizar’ o âmbito da OEA”, porque os “grupos políticos de ‘gênero’” contam com financiamento europeu e de grandes ONGs abortistas.

Entretanto, assegurou, “os grupos da sociedade civil que começaram a reverter esta colonização ideológica contam coma força de sua convicção e o senso comum. Os próximos anos nos trarão os detalhes desta batalha cultural. Mas já começou um processo que será difícil de reverter mesmo com todo o dinheiro do mundo”.

Confira também: