Os bispos de Mar del Plata manifestaram em um comunicado sua preocupação “por uma mentalidade abortista que se estende em nossa sociedade” e que é apoiada por instituições que deveriam proteger a vida.

O texto menciona a polêmica decisão da Suprema Corte de Buenos Aires, que autorizou um aborto terapêutico a uma mãe com problemas de saúde, e indica que “o ser engendrado é uma pessoa humana que merece respeito e necessita proteção”.

Do mesmo modo, recorda que profissionais médicos expressaram seu desejo de “colaborar na atenção da mãe e de seu filho” para evitar o aborto, que “constituiria um verdadeiro crime”, um atentado à vida que é o mais fundamental dos direitos humanos.

Os bispos argentinos indicam que a situação “tão dolorosa” pela que atravessa a família –o estado de saúde da mãe e as carências econômicas, “não pode ser resolvida cometendo uma injustiça maior ao tirar a vida a um inocente”.

“Como bispos da Província eclesiástica platense acompanhamos à mãe com nossa oração e nossa sincera participação em um momento tão difícil e doloroso”, afirmam.

O comunicado reafirma a posição da Igreja para o aborto e lembra que o católico não pode colaborar em sua realização.

Depois de assinalar que a Constituição argentina protege ao concebido e penaliza o aborto, os bispos destacam que os profissionais da saúde, ao fazer o juramento hipocrático, afirmam: “não subministrarei a ninguém, embora me solicite isso, nenhum fármaco mortal, e não tomarei jamais uma iniciativa desse gênero, nem proporcionarei jamais a uma mulher um meio para procurar o aborto”.

O comunicado está assinado pelo Arcebispo de La Plata, Dom Héctor Aguer; o Bispo de Azul, Dom Emilio Bianchi Di Cárcano; o Bispo de  Zárate-Campana, Dom Rafael Rey; o Bispo de Mar del Plata, Dom Juan Alberto Puiggari; o Bispo de Nove de Julho, Dom Martín de Elizalde; o Bispo de Chascomús, Dom Carlos Malfa; e o Bispo Auxiliar de La Plata, Dom Antonio Marino.