O Vaticano confirmou que o Beato Paulo VI e Dom Óscar Romero serão canonizados no dia 14 de outubro, em Roma, durante o Sínodo dos Bispos sobre os jovens e as vocações, convocado pelo Papa Francisco e que acontecerá de 3 a 28 do mesmo mês.

Em um consistório público para a canonização dos beatos, o Pontífice também decretou a data para a cerimônia de canonização de Francesco Spinelli, sacerdote fundador do Instituto das Irmãs Adoradoras do Santíssimo Sacramento; do sacerdote  Vicenzo Romano; de Maria Catarina Kasper, fundadora do Instituto das Pobres Servas de Jesus Cristo; e de Nazaria Ignazia de Santa Teresa de Jesus.

O milagre de Paulo VI

A cura de uma bebê no ventre da sua mãe é o milagre que permite a canonização do Beato Paulo VI.

A protagonista do milagre é Amanda, uma menina que nasceu em 25 de dezembro de 2014, apesar de uma gravidez complicada, na qual era difícil que a bebê sobrevivesse, segundo afirmavam os médicos.

Em dezembro do ano passado, o semanário da Diocese de Brescia, ‘La Voce del Popolo’, havia divulgado algumas informações sobre esta cura.

“O milagre atribuído à intercessão de Giovanni Battista Montini é a cura de um feto, no quinto mês da gestação”, que “foi aprovado em 2014”.

Segundo explicou o semanário, “a gestante, da província de Verona, corria o risco de abortar devido a uma patologia que comprometia a vida da criança e da mãe”.

Entretanto, alguns dias depois de Paulo VI ser beatificado, a mãe visitou o Santuário delle Grazie, em Brescia (Itália), lugar onde os devotos do Papa Montini costumam ir.

Assim, sem uma possível explicação médica, a menina nasceu em 25 de dezembro de 2014, com boas condições de saúde.

Paulo VI foi beatificado pelo Papa Francisco em outubro de 2014. Entre outras coisas, é reconhecido como autor da encíclica Humanae Vitae, documento que teve um marco histórico na defesa da vida desde a concepção, cuja publicação completa 50 anos em 2018.

O milagre de Óscar Romero

A cura inexplicável de uma mulher grávida é o milagre aprovado que permite declarar santo o Arcebispo de San Salvador.

Trata-se de uma mulher salvadorenha com uma doença terminal e “condenada a morrer”, mas que foi curada e deu à luz a um bebê saudável.

Em declarações à AP, Dom Vincenzo Paglia, postulador da causa da canonização de Dom Óscar Romero, contou que o esposo da mulher começou a pedir a intercessão de Dom Romero em 24 de maio de 2015, dia da beatificação do Arcebispo em San Salvador.

Por volta do final de agosto e início de setembro, a saúde da sua esposa piorou e os médicos realizaram a cesariana, com medo de que a criança pudesse morrer.

“Eles fizeram a cesariana e esperavam que ela morresse”, porque todos os exames indicavam que ela não iria sobreviver. Dom Paglia não especificou a doença. Indicou que os amigos também rezavam pela intercessão do beato “e depois de cinco dias, de maneira inexplicável, essa mulher começou a melhorar e se curou completamente”.

Nascido em Ciudad Barrios, El Salvador, em 15 de agosto de 1917, Dom Óscar Arnulfo Romero foi nomeado Arcebispo de San Salvador pelo Papa Paulo VI em 1977.

O seu governo pastoral se destacou pela defesa dos direitos humanos, em meio ao começo de uma guerra civil entre a guerrilha de esquerda e o governo ditatorial de direita.

Em 24 de março de 1980, Dom Romero morreu mártir por ódio à fé. Em 3 de fevereiro de 2015, o Papa Francisco reconheceu seu martírio e foi beatificado no dia 25 de maio do mesmo ano pelo Cardeal Angelo Amato, Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, em San Salvador.

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