O pároco da Igreja Maria Imaculada, em Surabaya (Indonésia), perdoou os terroristas do Estado Islâmico (ISIS) que atacaram vários templos cristãos no domingo, 13 de maio, provocando a morte de 25 pessoas e deixando mais de 50 feridas.

“Apesar da nossa profunda tristeza, perdoamos os perpetradores dos crimes e rezamos pelos culpados e organizadores destes atos horríveis: que o Senhor ilumine as suas mentes”, disse o pároco da Igreja Maria Imaculada, Pe. Alejo Kurda Irianto, à agência vaticana Fides.

A primeira explosão ocorreu na Igreja Maria Imaculada por volta das 7h30. A segunda foi na frente de uma igreja pentecostal e a terceira em frente à Igreja de Cristo (anglicana). Além disso, na última segunda-feira houve um ataque em uma delegacia.

Segundo o delegado da polícia local, Tito Karnavian, “os autores dos ataques contra as igrejas são todos os membros da mesma família: pai, mãe, dois filhos e duas filhas, envolvidos no ataque. Identificamos o grupo Jemaah Ansharut Daulah (JAD) como o organizador do atentado”. Os atentados foram reivindicados pelos terroristas do Estado Islâmico.

Pe. Kurda disse que entre as três vítimas católicas está Aloysius Bayu, um jovem que tinha acabado de se casar e era o coordenador do serviço de segurança na paróquia.

“Ele morreu para bloquear a moto dos dois kamikazes, caso contrário a explosão teria causado um grande número de vítimas”, explicou o sacerdote.

Acrescentou que depois do atentado “os católicos na Diocese de Surabaya, especialmente os paroquianos da Imaculada Conceição, vivem uma dor profunda, mas a Igreja Católica não tem medo de terror”.

O sacerdote rechaçou “todas as formas de violência, porque são incompatíveis com a dignidade da vida humana e se opõem a qualquer ensinamento religioso”.

Pe. Kurda encorajou os fiéis a permanecer “vigilantes, não se deixar provocar pelas ameaças ou violência e continuar realizando bons atos de amor com qualquer pessoa, de acordo com o Evangelho ensinado pelo Senhor Jesus”.

“Hoje, embora sofrendo e de luto, somos chamados a doar o nosso perdão sincero: este é o caminho para um futuro próspero da nação na Indonésia”, concluiu.

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