Diversos oferecimentos, desde tratamentos médicos até a possibilidade de adotar ao menino, foram expressos desde diversos setores da sociedade argentina, como amostras de apoio à vida e de rechaço à decisão da Suprema Corte de Buenos Aires de autorizar o aborto terapêutico a uma mulher com problemas de saúde.

Meios locais informaram que os maridos Eduardo Cattaneo e Viviana Nasif de Cattaneo, enviaram uma carta ao diretor do Hospital Interzonal General de Agudos “Evita”, onde se encontra a mãe, para lhe comunicar que iniciaram as gestões para adotar ao menino por nascer.

No texto pedem que este desejo seja irradiado aos pais do bebe, de uma vez que solicitam a todo aquele que apóia a causa da vida, acompanhá-los “com suas amáveis orações”.

Do mesmo modo, a organização pró-vida Gianna Beretta Molla ofereceu pagar todos os gastos de hospitalização da mãe para que continue a gravidez até que o menino que leva em seu ventre seja viável.

Os correios eletrônicos para comunicar-se com o matrimônio Cattaeno ou com a organização Gianna Beretta Molla, são  e

Antes do falho houve oferecimento médico

Por outro lado, o jornal La Nación informou que momentos antes que os juizes autorizassem o aborto terapêutico, o diretor geral do Hospital Universitário Austral, José Luis Puiggari, e o diretor médico, Eduardo Schnitzler, enviaram uma carta às autoridades do Hospital Interzonal General de Agudos “Evita”, para oferecer uma segunda opinião sobre o estado de saúde da mãe e um tratamento cardiovascular para evitar que algum dos dois morrese.

Depois de esclarecer que não oferecem “soluções mágicas” nem põem em dúvida a capacidade dos médicos que atendem à mulher, o doutor Puiggari afirmou que estão dispostos a colaborar em “um esforço solidário para com a paciente, o menino e os  profissionais que a atendem”.

Publicam carta ao bebe e oferecem rosário

A decisão da Corte portenho propiciou também que numerosos cidadãos argentinos expressem seu rechaço através dos meios de comunicação, como os foros em Internet.

Um destes foi a carta publicada pelo Cosme Beccar Varela no sítio Web , dirigida “ao neném que vai morrer” e na qual expressa que este “crime horrendo” mancha “a toda a nação argentina”.

No texto, o autor pede perdão ao menino em nome próprio e da sociedade argentina, pela indiferença e a falta de vontade para opor-se, “aconteça o que acontecer e custe o que custar”, ao aborto. “Sempre encontrávamos uma razão sofística para justificar nossa covardia. E deixamos que essa lepra infectasse toda a nação em forma tal que já parece irreversível”, afirma a carta.

Entretanto, expressa sua esperança de que de aplicar o aborto, a “alma privilegiada” do bebe ascenda ao Céu onde “a Santíssima Virgem te espera de braços abertos”. “Quando estiver no Céu, intercede por todos nós, por mim, para que Deus nos perdoe pelo crime (...) e nos dê forças para reparar tantos anos de covardia, preguiça e egoísmo”.

Por outro lado, a organização Pro-vida anunciou que nesta quinta-feira às 19h se rezará um rosário “pela vida da mãe e seu filho” na porta do hospital. Também ofereceu à mulher “um subsídio” equivalente ao que recebe do Estado, porque “embora uma pessoa não tenha recursos, há outras opções para ajudá-la, melhores do que matar a seu filho”.