O Comandante da Guarda Suíça, Christoph Graf, apresentou no último dia 4 de maio o novo capacete que os membros usarão a partir do próximo ano, que será feito com plástico preto e impressoras 3D.

A agência de notícias Associated Press (AP) recolheu as declarações do porta-voz da Guarda Suíça, o sargento Urs Breitenmoser, o qual disse que os novos capacetes serão mais cômodos do que os tradicionais, fabricados com metal. Indicou que esperam substitui-los em 2019, pois precisam conseguir os benfeitores para custear sua produção.

O novo capacete que a Guarda Suíça usará a partir de 2019 / Foto: Daniel Ibáñez (ACI Prensa)

Breitenmoser explicou que o preço de cada capacete será de aproximadamente 880 euros (cerca de 1.50 dólares), a metade do que custa fabricar um de metal.

Além disso, serão decorados com plumas de avestruz, tingidas de vermelho, e terão gravado o escudo do Papa Júlio II, que fundou o corpo em 1506 para sua proteção pessoal.

O porta-voz da Guarda Suíça esclareceu que os novos capacetes serão utilizados nas Missas papais e nas visitas de Estado. Entretanto, “não protegerão os guardas de outras ameaças, porque são de plástico e somente cerimoniais”.

O Comandante da Guarda Suíça, Christoph Graf, com o novo capacete / Foto: Daniel Ibáñez (ACI Prensa)

Segundo indica a Guarda Suíça em seu site, o uniforme de gala, que inclui o uso do capacete de metal, foi desenhado pelo comandante Jules Répond, que serviu no corpo de 1910 a 1921.

O uniforme tem as cores azul, vermelho e amarelo, em honra à família Medici, à qual pertencia o Papa Clemente VII, a quem os guardas suíços protegeram durante o Saque de Roma, em 6 de maio de 1527.

No início do século XX, os chapéus da Guarda Suíça foram trocados pela boina preta modelo basco que usam em seu serviço cotidiano. Durante os treinamentos, no serviço noturno e na Porta de Santa Ana, os guardas vestem um uniforme azul.

Vatican News assinalou que no domingo, 6 de maio, 32 novos recrutas da Guarda Suíça prestaram juramento no Pátio São Dâmaso do Palácio Apostólico, no Vaticano. Nesse dia, o Secretário de Estado, Cardeal Pietro Parolin, celebrou uma Missa para todo o corpo na Basílica de São Pedro, na qual foram recordados os 147 guardas que morreram em defesa de Clemente VII.

Na cerimônia de juramento, cada um dos recrutas pronunciou a fórmula: “Juro servir com fidelidade, lealdade e honra, o Pontífice reinante, Francisco e os seus legítimos sucessores, dedicar-me com todas as forças, sacrificando, se necessário, também minha vida em sua defesa. Assumo os mesmos deveres para com o Colégio Cardinalício durante a vacância da Sé Apostólica. Prometo também respeito, fidelidade e obediência ao Comandante e aos outros Superiores. Assim juro, que Deus e nossos Santos Padroeiros me assistam”.

No dia 4 de maio, o Papa Francisco se encontrou no Vaticano com a Guarda Suíça, incluindo os novos recrutas, junto com seus familiares. Em seu discurso, expressou sua admiração pela “disciplina, pertença eclesial, discrição e profissionalismo austero, mas sereno, no desempenho do seu serviço todos os dias”.

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