Na sua homilia dominical, o Arcebispo de Lima e Primado do Peru, Cardeal Juan Luis Cipriani Thorne, assegurou que “Deus não negocia sua palavra, a oferece como um dom” ao referir-se à impossibilidade de dialogar em “confrontação com a palavra de Deus”.

O Cardeal explicou que a humanidade está dividida em dois grupos: “Aqueles que aceitam a realidade do pecado e aqueles que não a aceitam. Não é problema de tolerância, nem democracia nem pluralismos. É a fé que me diz: aceito a revelação, a palavra de Deus, o ensinamento da Igreja Católica”.

“Do outro lado –continuou– encontraremos a quem quer convalidar o pecado com uma forma de pluralidade, de tolerância, com uma expressão do mundo moderno. por que? Porque  falta-lhes aceitar com humildade que cometemos pecados e isto não é bom. Aí está o ponto de corte”.

O Arcebispo de Lima denunciou que, como dizia o Papa Bento XVI, “o mundo de hoje navega em um relativismo moral onde por exemplo, se alguém quer obter um objetivo, sente-se em condições de destruir a propriedade, de paralisar a vida dos cidadãos, porque pensa que o fim justifica os meios. Esse relativismo moral em que cada um atua conforme a seu capricho, choca. A sociedade se faz inviável”.

Destacou a necessidade de combater esse “relativismo moral (...) com um ensino que tenha como fundamento não só os conhecimentos que são muito importantes, mas também os valores morais”.  Adicionou que “se queremos construir uma sociedade sólida, sem valores, é como construir uma casa sem alicerces, em areia movediça, que após o primeiro vento cai pelo chão”.