O Custódio da Terra Santa, Pe. Francesco Patton, manifestou que a reabertura do Santo Sepulcro é "uma fonte de grande alegria" e que este acontecimento demonstrou a "profunda unidade" das diferentes comunidades cristãs em Jerusalém.

Em uma entrevista concedida ao Christian Media Center (CMC), o Pe. Patton recordou que a decisão de fechar o templo foi uma resposta a dois problemas: "a proposta de lei destinada a minar o direito de propriedade das igrejas, discriminatório, e sobre esta iniciativa do Conselho Municipal que era uma iniciativa destinada a interromper o ‘Status Quo’, por um lado, mas, por outro lado, pretendia atacar também a nossa capacidade econômica de servir a pequena comunidade cristã local".

"Fizemos um acordo com o patriarca ortodoxo de Jerusalém, Theophilos, e com o patriarca armênio Manougian e seus representantes esta iniciativa que é muito rara e incomum: o fechamento do Santo Sepulcro", expressou.

"Foi difícil decidir juntos, assim como fazer com que a nossa voz fosse ouvida", acrescentou.

"Quando houve este primeiro gesto importante do Primeiro Ministro de estabelecer uma comissão que permita dialogar e suspender essas duas iniciativas hostis, fizemos também um acordo com o horário de reabertura", que ocorreu na madrugada do dia 27 de fevereiro.

“Na verdade, eu diria que essa iniciativa mostrou uma profunda unidade não só entre as três comunidades que administram o Santo Sepulcro, mas também com o resto das comunidades eclesiais presentes aqui em Jerusalém. O resto das igrejas expressou sua proximidade, solidariedade e unidade conosco, e devo dizer que isso é muito positivo”, expressou.

“Nós sentimos muito forte a proximidade da comunidade cristã local que entendeu muito bem que não se tratava de defender interesses econômicos de uma ou de outra igreja, mas de proteger a vida da comunidade cristã aqui em Jerusalém”, continuou.

O Pe. Patton contou também que “muitas pessoas de todo o mundo que nos enviaram mensagens, evidentemente algumas um pouco críticas, mas devo dizer que, na grande maioria dos casos, chegaram mensagens que expressaram proximidade, compreensão, solidariedade e também orações”.

O Custódio da Terra Santa indicou: “Agora devemos esperar a reunião com o ministro para poder, junto com ele, estabelecer este tipo de diálogo”.

“Pessoalmente confio, sou a favor do diálogo e também por espiritualidade cristã e franciscana não gosto de lutar, prefiro dialogar e ser capaz de compreender as razões da nossa pequena comunidade cristã que está aqui", concluiu.

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