Cerca de 40 cadáveres de cristãos foram encontrados no início de março em uma fossa comum perto da cidade de Mossul, no norte do Iraque.

Fontes da Igreja Ortodoxa Siríaca disseram ao jornal local ‘Alghad Press’ que a fossa está localizada na cidade de Badush e foi encontrada pelas Forças de Mobilização Popular (FMP), um grupo militar aliado ao governo iraquiano, formado por forças xiitas, sunitas, cristãs e yazidis.

Esses cristãos “supostamente foram sequestrados na região. Muitos restos humanos foram enterrados juntos. Alguns eram de mulheres e crianças. Eles tinham pequenas cruzes”, indicaram as fontes.

Depois da derrota do Estado Islâmico (ISIS) no Iraque em 2017, as forças de segurança encontraram dezenas de fossas comuns perto das cidades que tinham sido ocupadas pelos terroristas.

A cidade de Mossul foi declarada livre do controle dos terroristas do ISIS em 9 de julho de 2017, após ter sido por três anos um reduto do grupo extremista muçulmano.

Antes da invasão do ISIS em junho de 2014, Mossul era uma das cidades iraquianas onde vivia o maior número de cristãos. Muitos tiveram que deixar a cidade porque os jihadistas os ameaçavam de morte caso se recusassem a se converter ao Islã ou os forçavam a pagar um imposto de submissão.

Um grande número de cristãos que viviam nas aldeias da Planície de Nínive, como Qaraqosh, também tiveram que fugir.

Durante os três anos de ocupação de Mossul, o Estado Islâmico destruiu as casas e os negócios dos cristãos. Também vandalizou várias igrejas e mosteiros e chegou a usar uma catedral cristã como prisão para violar suas escravas sexuais.

Atualmente, a Igreja Católica, através da Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN), desenvolve projetos para que os cristãos voltem para seus lares na Planície de Nínive.

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