O Patriarca da Igreja Católica Caldeia, Dom Louis Sako, foi indicado como um dos candidatos ao Prêmio Nobel da Paz deste ano, o que tem contado com apoio não só de cristãos, mas também de muçulmanos.

A candidatura foi apresentada no final de janeiro pela Associação Católica “L’Oeuvre d’Orient” e foi aceita pelo comitê norueguês que preside à atribuição deste prêmio.

Apesar de ter sido uma indicação feita por uma associação católica, a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN) assinala que tem havido um extraordinário consenso na sociedade iraquiana sobre a importância desta candidatura ao Nobel, mesmo entre a comunidade muçulmana.

Para Dom Louis Sako, sua candidatura ao Nobel da Paz ajuda a “manter a atenção” do mundo “sobre o povo iraquiano e a comunidade cristã” e a superar a “marginalização e a indiferença” em relação às minorias religiosas no país.

Além disso, a Patriarca reconheceu que o apoio dos iraquianos é “importante”, pois representa um “sinal de proximidade” e abre “as portas ao progresso e à democracia”.

Em declarações a ‘Asia News’, Dom Sako refere que receber o prêmio “não é importante”, pois o que conta “é o valor simbólico do gesto”, para o povo iraquiano, a comunidade cristã e o futuro do país.

O Patriarca assinala ainda que ser nomeado ao Nobel da Paz representa “um contributo extraordinário para se superar a marginalização e a indiferença” que os cristãos e outras minorias têm experimentado no Iraque.

Segundo a Fundação ACN, a candidatura de Dom Louis Sako ao Prêmio Nobel da Paz tem recebido apoio entre personalidades religiosas, intelectuais e membros da sociedade civil, tanto no Iraque como em todo o mundo, pelo seu trabalho a favor da convivência pacífica entre religiões e pela reconciliação, tarefas consideradas como essenciais em um país ainda marcado por grande violência, conflitos regionais e divisões sectárias.

Nascido em Zakho, no norte do Iraque, em 4 de Julho de 1948, Dom Louis Sako tem se notabilizado não só na defesa das comunidades cristãs, como na luta contra a intolerância religiosa.

Essas posições já lhe valeram a atribuição de diversos prêmios internacionais como, por exemplo, o Defensor Fidei, em 2008, o International Pax Christi Award, em 2010, e o Prêmio pelos Direitos Humanos da Fundação Stephanus, Alemanha, em 2011.

Confira também: