Um bebê que tinha três dias de vida foi abandonado pela sua mãe na porta de uma igreja em Madri (Espanha), a poucos metros da Fundação Madrina, dedicada a ajudar mulheres grávidas e em risco de exclusão.

A mãe, uma jovem paraguaia de 21 anos, foi presa pela polícia enquanto preparava a mala para fugir.

A recém-nascida tinha sido abandonada na porta da Paróquia de Santa Micaela e Santo Henrique, localizada a poucos metros da Fundação Madrina.

A menina, que usava um body e estava enrolada em um lenço, foi descoberta alguns minutos depois de ter sido abandonada. Quem a encontrou foi um vizinho que avisou à polícia.

De acordo com a imprensa espanhola, ‘Emergencias Madrid’ informou que, quando os agentes da área de saúde chegaram ao local, a menina tinha uma aparência saudável e ainda estava quente, portanto, permaneceu durante pouco tempo na intempérie.

A criança foi atendida e transferida ao Hospital de La Paz em Madri, para ser examinada. Atualmente esta sob custódia da policia.

A Fundação Madrina emitiu um comunicado no qual rechaçam o abandono infantil e pediram “mais apoio à maternidade em vulnerabilidade social”.

“Temos certeza de que, com mais informações acerca do nosso recurso e com mais apoio administrativo, é possível evitar casos como este, corrido no bairro de Tetuán (Madri) na quarta-feira à noite”, disseram no comunicado.

Além disso, recordaram que “normalmente, quando uma mulher age dessa maneira é porque se sente desprotegida, violada e abandonada, em uma situação de crise. A nossa experiência nos indica que muitas mulheres foram pressionadas e / ou abandonadas pela família e principalmente pelo esposo, tendo ‘violência machista e violência econômica’”.

Por isso, declaram estar “dispostos a ajudar e a acolher a jovem mãe que cometeu este ato” e que estão em contato com a polícia, caso lhes permitam intervir.

A Fundação Madrina indica que não justifica, “sob nenhuma circunstância, o abandono infantil” e recorda que eles têm um número de telefone no qual atendem (900 64 91 98), o qual funciona 24 horas por dia para atender as mulheres que precisarem de ajuda.

Inclusive, indicam que para os casos mais difíceis, têm um berço na entrada da fundação, porque consideram que, “antes de abandonar um bebê na rua, este é um recurso mais seguro”.

Especialmente porque, segundo afirmam no comunicado, “infelizmente em outros casos, a polícia nos mostra os bebês mortos jogados em um aterro sanitário”.

E insistem que querem divulgar a sua mensagem às mães que estão em situação de abandono e desprotegidas. “Que elas saibam que têm um lar na fundação. Um lar onde serão acompanhadas e cuidadas em sua alimentação, tanto para elas quanto para seus bebês, atenção na área de saúde e na formação, a fim de que sejam independentes”, disseram da fundação.

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