Esta manhã se apresentou no Vaticano o novo Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, o manual elaborado por uma comissão especial de cardeais presidida pelo então Cardeal Joseph Ratzinger, como Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, para facilitar a difusão dos elementos essenciais e fundamentais da fé e da moral católica”

O Compêndio tem 205 páginas, com 598 perguntas e respostas, quinze imagens, um apêndice (com as orações principais e comuns do cristão e algumas fórmulas de doutrina católica) e um extenso índice analítico.

O texto consta de quatro partes que correspondem às leis fundamentais da vida em Cristo: "A profissão de fé", "A celebração do mistério cristão", "A vida em Cristo" e "A oração do Senhor: Pai Nosso".

Não é um novo Catecismo

Conforme explicou Dom Angelo Amato, secretário da Congregação para a Doutrina da Fé, as características principais do compêndio são "a estreita dependência do Catecismo da Igreja Católica, o gênero em forma de diálogo e a utilização de imagens na catequese".

Dom Amato esclareceu que "não é uma obra autônoma e não pretende substituir de forma alguma ao Catecismo da Igreja Católica, mas sim se remete a ele constantemente seja indicando pontualmente os números de referência, que recordando sua estrutura, desenvolvimento e conteúdos". O manual se propõe além disso "despertar um interesse renovado pelo catecismo, que segue sendo o texto básico da catequese eclesiástica".

Forma dialogada

Segundo o Arcebispo, optou-se pela forma dialogada devido a que esse estilo "abrevia notavelmente o texto, reduzindo-o ao que é essencial, que pode favorecer a assimilação e eventual memorização dos conteúdos".

Também explicou que o emprego de imagens no manual responde a que "na atual civilização da imagem a imagem sacra pode expressar muito mais que as palavras. Possui certamente um valor estético, mas sobre tudo tem um valor de reminiscência (entanto que recorda os mistérios da salvação), catequético (de ensino) e teológico, já que dá forma artística aos fatos e os aspectos da doutrina da fé".

Sua história

Conforme recordou o Vatican Information Service (VIS), “a exigência de um volume deste tipo surgiu durante o Congresso Catequético Internacional (2002) que comemorava os dez anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica. propôs-se ao Santo Padre João Paulo II a posta a ponto de um compêndio que respondesse a dois objetivos: a síntese e a essencialidade”.

“João Paulo II aceitou a proposta e instituiu um ano depois a comissão especial de cardeais que deu vida ao compêndio, cujo primeiro projeto se enviou aos cardeais e presidentes das conferências episcopais de todo o mundo. Depois da valoração do projeto, amplamente positiva, a Comissão procedeu a sua revisão tendo em conta as sugestões para melhorá-lo”.