O Papa Francisco enviou um telegrama de condolências à morte do Cardeal Andrea Cordero Lanza di Montezemolo, Arcipreste emérito da Basílica de São Paulo Extramuros e desenhista dos brasões de armas de Bento XVI, aos 92 anos.

Na mensagem enviada na segunda-feira, 20 de novembro, à sua irmã, a marquesa Adriana Cordero Lanza di Montezemolo, disse que “o venerável Cardeal”, falecido em 19 de novembro, suscita nele “sentimentos de sincera admiração” por ter vivido “com fidelidade seu longo e fecundo sacerdócio e episcopado ao serviço do Evangelho e da Santa Sé”.

O Cardeal foi o primeiro Núncio Apostólico em Israel e na Palestina entre 1990 e 1998, desenhou o brasão de armas de Bento XVI em 2005.

A heráldica eclesiástica foi um interesse ao longo da sua vida e isso o levou a desenhar o brasão de armas de muitas instituições católicas, assim como de bispos e cardeais.

Em relação à sua missão como Núncio, o Papa recordou “com gratidão” a sua “generosa obra em representações pontifícias em vários países, especialmente em Papua Nova Guiné, Nicarágua, Honduras, Uruguai, Israel e Itália”.

“Como arcipreste da Basílica Papal de São Paulo Extramuros, deu testemunho de um compromisso particularmente intenso e competente, seja do ponto de vista pastoral seja organizativo e artístico-cultural, visando restituir vitalidade espiritual a todo o conjunto e novo impulso à vocação ecumênica daquele local de culto”, acrescentou o Santo Padre.

Finalmente, o Pontífice rezou para que, “pela intercessão da Virgem Maria e do apóstolo das nações, o Senhor receba este querido Purpurado na alegria e na paz eterna”.

“Envio a minha bênção apostólica ao Cardeal, assim como a todos os que compartilham a dor pela morte deste zeloso pastor”, concluiu em sua mensagem à irmã do falecido Cardeal.

Biografia

O Cardeal Andrea Cordero Lanza di Montezemolo nasceu em Turim, em 27 de agosto de 1925.

Depois de estudar e trabalhar como arquiteto, foi ordenado sacerdote na Diocese de Roma. Foi ordenado em 1954 e logo depois escolhido para o serviço diplomático, servindo em nunciaturas em todo o mundo.

Em 1980, tornou-se Núncio Apostólico em Honduras e na Nicarágua. Mais tarde, foi Núncio no Uruguai, Papua Nova Guiné, Jerusalém, Chipre, Jordânia, Itália e San Marino. Desempenhou um papel importante no estabelecimento das relações diplomáticas entre a Santa Sé e Israel, em 1993.

O Papa Bento XVI o nomeou Arcipreste da Basílica de São Paulo Extramuros em 2005, responsável por supervisionar grande parte do trabalho de restauração dentro da Basílica, incluindo o trabalho no túmulo de São Paulo.

Foi criado Cardeal em 2006.

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