O presidente da Conferência Episcopal Espanhola, Cardeal Ricardo Blázquez, presidiu a Missa de Abertura do Ano Jubilar Teresiano em Ávila, Espanha, e assegurou que Santa Teresa, mestre de oração, nos recorda com sua vida a “pertencer a Jesus”.

O Papa Francisco concedeu à Diocese de Ávila realizar um Ano Jubilar Teresiano quando a festa de Santa Teresa D’Ávila (15 de outubro) coincida em um domingo. Este foi o primeiro Ano Jubilar Teresiano, e logo, 2023 e 2028.

Em sua homilia, o Cardeal Ricardo Blázquez recordou que este Ano Jubilar Teresiano é “um convite especial para estar, como discípulos, junto com Santa Teresa, para que com a sua vida e a sua excelente doutrina nos ensine a pertencer a Jesus, seguindo os seus passos, e peça à Virgem que seja a nossa Mãe”.

O presidente da CEE destacou que a memória de Santa Teresa é “fonte de bênção” e dela se pode aprender “a sabedoria do Evangelho, a alegria e a paz que acompanham a fé, a conversão a Deus que está no centro da vida dos homens e os guia a serviço de Deus e do próximo”.

Também recordou que Santa Teresa de Jesus exerceu “uma maternidade espiritual generosa” que se manifesta em várias santas que adotaram o nome ‘Teresa’.

“Uma dúzia, de acordo com o Martirológico Romano, de mulheres santas e beatas são chamadas Teresa, em reconhecimento de Santa Teresa D’Ávila”, destacou o Cardeal.

Como parte do programa da comemoração do Jubileu do Ano Teresiano foi colocado na Porta Santa da igreja do convento de Santa Teresa a inscrição: “A porta deste castelo é a oração”. De acordo com o Cardeal, “une apropriadamente o sentido da Porta Santa e da oração como a porta para entrar no diálogo e na comunicação com Deus”.

“O carisma mais frutífero de Santa Teresa, seu magistério espiritual e a sua lição permanente se refere à oração”, disse o Purpurado e sublinhou que “a fé e a oração são inseparáveis”.

O Cardeal Blázquez assegurou que “a oração cristã não é simplesmente a concentração que supera a nossa dispersão, nem o silêncio que acalma o barulho, nem o sossego para a nossa pressa”, mas “a oração é conversa do filho com o Pai; é escuta e resposta; é comunicação de coração para coração, entre o coração de Deus e nosso coração”.

Além disso, o presidente CEC apontou que “a oração cristã tem as marcas inconfundíveis da relação com o Pai, o Filho Jesus e o Espírito Santo. É uma oração trinitária”, “a fé e a oração se reforçam mutuamente. A oração é um despertador da fé”.

“Se a respiração é o ato elementar da vida, do mesmo modo a oração é o sopro da fé e lhe oferece oxigênio. Rezando, sopramos as cinzas que escondem a fé para que aqueça o fogo escondido e acenda a chama apagada”, recordou o Cardeal.

Sobre a vida de Santa Teresa D’Ávila, o Purpurado recordou que “o amor e humildade são duas atitudes básicas insubstituíveis para a pessoa que reza, da qual deriva o desprendimento interior”.

Santa Teresa “convida à oração pausada do Pai Nosso, que supõe o conhecimento recebido na iniciação cristã” e coloca esta oração como “um pilar da iniciação cristã”.

O Cardeal Blázquez também disse que a pessoa que reza “não se fecha em se mesma, afastando-se do mundo”, mas “se abre ao amor e ao serviço aos outros” e “leva à conformação com Cristo paciente, a realizar os trabalhos diários e o serviço sacrificado aos outros”.

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