O Facebook voltou a bloquear páginas católicas nesta semana, após algumas pessoas reagirem ao vídeo no qual pastor Agenor Duque zomba da imagem de Nossa Senhora Aparecida; entre essas está a do Padre Augusto Bezerra, que foi impedido de fazer transmissões ao vivo e estava em plena quaresma de São Miguel Arcanjo.

“A minha página passou por uma censura do Facebook que se manterá até o dia 29 de agosto. Estou impedido de fazer transmissão de vídeo ao vivo”, denunciou o sacerdote.

A censura se deu após a publicação do vídeo de sua homilia do último domingo, na qual fala sobre Nossa Senhora, em resposta ao pastor de atacou a Virgem Maria.

Segundo o sacerdote o Facebook fez “alegações inconsistentes contra a página, dizendo que tínhamos violado os termos de transmissão ao vivo. Na verdade, os argumentos deles não procedem”, disse, informando que já fez “uma notificação extrajudicial” à rede social, pedindo o desbloqueio.

Diante desse novo caso de bloqueio, a ‘PCU – Páginas Católicas Unidas’ publicou uma nota de repúdio, na qual denuncia que páginas católicas que se manifestaram contra o pastor estão sendo censuradas, enquanto não acontece nada com quem ataca a fé católica.

Em sua nota, a PCU sublinha que “a fé cristã professada pela Igreja Católica” e difundida pelas páginas na rede social “tem o objetivo de catequizar e instruir por meio dos ensinamentos a Santa Doutrina da Fé que é regida pela Sagrada Escritura, Sagrado Magistério e a Sagrada Tradição que vem desde os apóstolos”.

“Como seguidores de uma Fé embasada e como manda Jesus Cristo quando diz ‘Ide e ensinai a todas as nações’, temos como objetivo levar a todos os cantos do mundo, os ensinamentos que norteiam a nossa fé e utilizamos aqui a Rede Social, agradando ou não”, destacam.

Além disso, reforçam que o “estado laico” dá o “amparo legal que nos garante o direito de liberdade religiosa”. Entretanto, esta tem sido “violada/agredida”, como aconteceu há um mês, que páginas católicas sofreram “bloqueios e cerceamentos em massa”.

Conforme ressalta a nota, laicidade é, mesmo ao “não concordar com o que se faz”, “respeitar o que cremos”. Quando isso é violado, pontua, “temos a obrigação de ter o ‘direito de resposta’ e isso foi o que foi feito no caso sobre o Pastor Agenor Duque, que afrontou nossa fé, blasfemando o nosso sagrado (dogma Mariano)”.

O vídeo do pastor, que “criticava a devoção de nós católicos a Nossa Senhora Aparecida e a comparava a uma garrafa de coca-cola (por ser escura)”, fez com os católicos se sentissem ofendidos.

“Dentre os inúmeros católicos e simpatizantes que acharam uma afronta esse comportamento, destaco o Padre Augusto Bezerra que se pronunciou, repudiando veementemente e agindo de acordo com nossa fé”, informa o comunicado, acrescentando que, por isso o sacerdote “foi censurado, bloqueando assim seu vídeo e suas futuras transmissões ao vivo (a qual estava em plena quaresma de São Miguel)”.

“Esse cerceamento está acontecendo também com outras páginas e perfis que se manifestaram contra o vídeo do Pastor Agenor Duque. Mas, incrivelmente, não está acontecendo nada com quem nos ataca e blasfema, zombando contra a nossa fé e o nosso sagrado, cito como exemplo, a página ATEA, que sempre posta ataques e o Facebook nada faz ‘pois não viola os padrões’”, denuncia.

Assim, conclui o comunicado, “em nome de todas as páginas católicas brasileiras e dos milhões de adeptos da fé cristã, ressaltamos o repúdio à censura por nós, mais uma vez sofrida, exigindo, destarte, a garantia e concretização dos direitos à liberdade religiosa e de expressão, constitucionalmente previstos”.

Apesar do bloqueio sofrido, Padre Augusto Bezerra logo anunciou que esta medida do Facebook não interromperia a Quaresma de São Miguel Arcanjo, pois foi feito um acordo com a página católica Paraclitus, para realizar a transmissão ao vivo, a qual passa a ser compartilhada pela página do sacerdote.

“Agora, com maior alcance, para agonia do demônio e alegria de São Miguel Arcanjo, em uma página que tem 2,5 milhões de seguidores”, ressaltou.

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