Além de ter feito pública sua adesão e animado a participação na manifestação no dia de 18 de junho em Madri (18-J) a favor da família e contra os "matrimônios" homossexuais, diversos prelados espanhóis anunciaram sua presença na iniciativa convocada pelo Foro Espanhol da Família (FEF).

Através de um comunicado, o Arcebispado de Madri reiterou a participação do Cardeal Antonio María Rouco Varela, anunciada nesta quarta-feira, assim como a dos Bispos Auxiliares da arquidiocese, Dom. Eugênio Romero Pose, Dom. César A. Franco e Dom. Fidel Herráez, para "unir-se assim a seus fiéis". Do mesmo modo, deu-se a conhecer que neste sábado estarão presentes os titulares das diocese de Getafe e Alcalá de Henares, Dom. Joaquim Díaz de Andujar e Dom. Jesus Catalá, respectivamente.

Do mesmo modo, desde Toledo, o delegado de Apostolado Secular do Arcebispado, José Antonio Jiménez, confirmou a assistência à marcha do Arcebispo Primaz e Vice-presidente da Conferência Episcopal Espanhola (CEE), Dom. Antonio Cañizares Llovera, quem em declarações a EFE-Televisão indicou que, fazendo uso de seus direitos, o FEF "sai à rua, assim como outros muitos sairemos, como é meu caso, para que o matrimônio seja defendido e promovido como único vínculo entre homem e mulher como matrimônio de vida e amor para a vida".

Em conferência de imprensa, o funcionário explicou que quer sair à rua em defesa à sociedade e à pessoa, e do verdadeiro matrimônio, além de lançar uma mensagem positiva para a vida, um "sim à vida", e um sim também, "ao direito dos pais a escolher uma educação a seus filhos" e ao direito de uma criança "a ter um pai e uma mãe".

Por sua vez, na terça-feira passada, o Arcebispo de Granada, Dom. Javier Martínez, foi o primeiro em anunciar sua participação na manifestação, que sob o lema "A família SIM se importa", espera congregar 500 mil pessoas.

Não existe direito ao "casamento" homossexual

Por outro lado, o Bispo de Mondoñedo-Ferrol, Dom. José Gea Escolano, depois de ter criticado em várias oportunidades os "matrimônios" homossexuais e animar a seus paroquianos a marchar em Madri neste sábado, expressou sua vontade de assistir a manifestação por considerar que a lei é "incompatível com a doutrina da Igreja".

Apesar de sua agenda lotada, neste fim de semana em Madri, Dom. Gea Escolano, expressou à agência EFE que "se tiver tempo (e farei o possível para isso), penso assistir à manifestação". "Se os membros da reunião terminarem, e estão dispostos a ir, eu vou também, mas se preferirem seguir com a reunião, porque se faz duas vezes ao ano, terei que estar".

Segundo o Bispo, "os homossexuais não podem contrair matrimônio entre si porque não estão capacitados para transmitir a vida". Por isso, considera que permitir o matrimônio aos casais do mesmo sexo equivaleria a "admitir que qualquer pode ser professor ou médico".

"Nem é discriminação porque não se trata de nenhum direito, nem é uma humilhação porque não fere a dignidade de ninguém, nem ofensa porque não supõe nenhum desprezo para ninguém", sublinhou o Prelado.

Finalmente, em relação às declarações do Ministro de Defesa, José Bono, assegurando que lhe preocupava mais que a cada dia morram 25 mil pessoas de fome que "com quem meu vizinho se deita", Dom. Gea Escolano opinou que está "dizendo tolices, como que cada um se deite com quem quiser e coisas assim", lamentando que o Ministro tenha adotado um "catolicismo a la carte".