O Arcebispo de Estrasburgo, na França, criticou que atualmente o aborto seja permitido no país e considerou que isso, junto com a baixa taxa de natalidade e a alta fecundidade dos muçulmanos, fazem com que estes últimos afirmem que “um dia tudo isso será nosso”.

Em uma breve entrevista concedida há alguns dias a ‘Dernieres nouvelles D’Alsace’ e recolhida pela revista ‘Valeurs actuelles’, o Prelado lamentou que o “aborto não foi simplesmente concedido, mas é promovido”.

O que se faz com o aborto, denunciou o também membro da comissão doutrinal da Conferência Episcopal Francesa, “é uma promoção e isso não pode ser aceito, não só por uma questão de fé, mas porque eu amo a França”.

Anteriormente, o Prelado também se referiu ao aborto como “uma arma de destruição em massa”.

No diálogo com o meio de comunicação francês, o Arcebispo disse: “Deixemos, com generosidade, que a vida prossiga. Esse é o indício mais seguro da força de uma nação e uma civilização. Agora, isso está muito complicado”.

“Os crentes muçulmanos sabem muito bem. Sua fecundidade é tal que hoje – como se chama isso? A Grande Substituição – podem dizer de modo muito calmo, muito positivo: ‘de todos os modos, um dia tudo isso, tudo isso será nosso’”.

O conceito de Grande Substituição foi formulado em 2010 pelo filósofo Renaud Camus. O autor define esta ideia como a transição de uma sociedade através da migração massiva na qual os territórios se mantêm, mas as pessoas e seus costumes mudam completamente.

Na opinião de Camus, as políticas atuais na Europa constituem a maior mudança na vida e nos valores dessas nações desde as invasões bárbaras do século III, que levaram à queda do Império Romano do Ocidente.

Por suas afirmações, Camus foi rotulado pela esquerda francesa como “islamofóbico”, enquanto diversos membros da direita se apegaram a sua teoria.

As ideias de Camus estão atualmente em debate na França, após os atentados cometidos pelo Estado Islâmico no país, o último dos quais foi perpetrado nos arredores da emblemática Catedral de Notre Dame, em Paris.

Atualmente, a Francisco tem uma população total de mais de 66 milhões de habitantes, dos quais 4,7 milhões são muçulmanos; a segunda maior comunidade islâmica na Europa, depois da Alemanha.

Segundo Pew Resarch Center, a idade média dos muçulmanos em 2010 era de 32 anos, oito a menor do que a dos europeus.

Calcula-se que no ano 2030, a população muçulmana na França chegará a 10,3%.

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