O Arcebispo do Toledo, Primado da Espanha e vice-presidente da Conferência Episcopal, Dom Antonio Cañizares, questionou que o divórcio seja “modernidade e avanço”, e o considerou “um retrocesso grave, muito grave e com conseqüências incalculáveis para o futuro do homem e a sociedade”.

Durante sua homilia na igreja do São Tomé, onde celebrou a Eucaristia do Corpus  em Toledo, advogou pela misericórdia em favor “dos que se vêem ameaçados por famílias destroçadas” em um tempo no que a cada menos de quatro minutos se faz público um divórcio na Espanha. Igualmente lamentou, que ainda queira facilitar mais o divórcio, já que assim, “certamente não caminhamos para uma conquista  de humanidade, mas sim para uma quebra da mesma”.

Assinalou também que “quando a família fica danificada desta maneira e não conta mais o amor no matrimônio indestrutível entre um homem e uma mulher, quando tão facilmente se leva a cabo a separação e a ruptura, não há um futuro para a humanidade; por isso temos que mostrar nossa compaixão e demonstrar ser misericordiosos defendendo e vivendo a autêntica família”.

Dom Cañizares fez referência a incessante insistência do Papa Bento XVI sobre o tema da família, por isso é necessário manter a família cristã “oferecendo-a como testemunho de verdade e de esperança”. Finalmente indicou, que é momento de esperança, porque “Deus está conosco” e insistiu em que é na família “onde está a melhor escola da misericórdia e do amor”.