Na inauguração do Ano Judiciário do Vaticano, foi divulgado que a Santa Sé congelou mais de 2 milhões de euros em casos de suposta lavagem de dinheiro no ano passado, como parte da iniciativa lançada pelo Papa Francisco para limpar as finanças da Santa Sé.

Durante a apresentação do Ano Judiciário, Gian Pietro Milano, promotor de Justiça vaticana, fez a declaração referindo-se ao sistema de justiça criminal do Vaticano.

Segundo afirmou a agência Reuters, Milano assinalou que a quantidade de dinheiro congelado entre 2013 e 2016 foi de aproximadamente de 13 milhões de euros.

Os fundos foram bloqueados logo após alertas da Autoridade de Informações Financeiras do Vaticano (AIF), organismo responsável pela prevenção da lavagem de dinheiro e outros crimes financeiros, ao qual Francisco concedeu mais responsabilidades operacionais.

Nos últimos anos, o Vaticano aprovou novos regulamentos para prevenir a lavagem de dinheiro e tornar a sua economia mais transparente. Em julho de 2016, aprovou um Motu Proprio acerca de algumas competências em temas econômicos e financeiros.

Conforme informou o Vaticano, naquela ocasião, o documento "responde à necessidade de definir com mais precisão a relação entre a Administração do Patrimônio da Sé Apostólica e da Secretaria de Economia".

No documento, o Papa Francisco afirma que a Igreja “sente a responsabilidade de colocar o máximo de atenção a fim de que a administração dos próprios recursos econômicos esteja sempre a serviço desses fins".

Confira também: