O Movimento Cristão Libertação (MCL) denunciou no dia 8 de fevereiro que o governo de Raúl Castro continua reprimindo os seus militantes “a fim de neutralizar a iniciativa ‘Um cubano, um voto’”, que busca modificar a lei eleitoral para que a população possa participar de “eleições livres”.

A denúncia foi realizada no site do MCL pelo ativista Iran Almaguer. Através de um áudio, o membro do movimento fundado por Oswaldo Payá acusou o regime de perseguir e prender os opositores, desta vez em Manatí, Las Tunas.

“Isto acontece desde quando nós começamos a entregar o projeto ‘Um cubano, um voto’, exigindo do governo eleições livres, nas quais os eleitores podem escolher livremente, sem que seja forçado como é (agora) com a ditadura que temos”, assinalou.

Almaguer disse que “esta é uma perseguição de todos os dias”. “Fui preso no domingo passado, quando voltava da Missa com a minha esposa e a minha filha. Minha casa foi revistada por dois membros da Segurança do Estado e dois outros soldados. Em seguida, levaram-me para Holguín por várias horas e queriam me multar com 800 pesos”, denunciou.

“Isto é algo terrível, devemos agir. Pedimos à comunidade internacional para que nos ajude”, exortou o militante.

Nesse sentido, recordou que “o nosso Coordenador Nacional, Eduardo Cardet Concepción, está detido desde o dia 30 de novembro (...), com falsas acusações” e ainda está sendo maltratado dentro da prisão de Holguín à espera de julgamento, segundo o regime, por ter “alterado a ordem pública”. Mas, na verdade – indica o MCL –, é por ter criticado o legado de Fidel Castro e por trabalhar pela democratização da ilha.

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