Morreu ontem em Roma o Pe. Giuseppe Berardino, sacerdote de 50 anos que o Papa Francisco visitou no último dia 15, na paróquia de Santa Maria em Setteville di Guidonia, onde era vice-pároco.

O Santo Padre quis se encontrar pessoalmente com o sacerdote, que sofria há vários anos por uma grave doença: esclerose lateral amiotrófica. Segundo conta o pároco, Pe. Gino Tedoldi, o Pe. Berardino viveu a sua doença com grande fé e serenidade, sem reclamar.

O vice-pároco de Santa Maria em Setteville di Guidonia, Francesco Zanoni, afirmou em declarações recolhidas pela Rádio Vaticano, que o Pe. Giuseppe “morreu serenamente”, apesar da dureza da doença: “foram dois anos muito duros nos quais esta doença, de uma maneira muito violenta, fez com que ele se fechasse completamente em si mesmo”.

Durante a visita do Papa Francisco à paróquia em 15 de janeiro, recorda que “a primeira coisa que o Santo Padre fez ao chegar foi entrar no quarto de Giuseppe e ali falou no seu ouvido e sussurrou frases que comoveram todos os que estávamos com ele”.

“Disse-lhe: ‘Giuseppe, sou seu bispo. Estou aqui para dizer que o Senhor está muito perto de você, muito perto’. Então, fez carinho nele e deu a unção dos enfermos com um rito muito breve, mas de uma forma muito profunda”.

Por outro lado, em um artigo publicado no site da paroquia, o Pe. Tedoldi destacou o exemplo valioso que o falecido presbítero ofereceu a toda a comunidade.

O Pe. Giuseppe Berardino nasceu em 1966, em Avelino (Itália). Sua vocação sacerdotal começou no

Caminho Neocatecumenal, do qual participou desde a sua juventude na paróquia de São Ciro Martire, na sua cidade natal.

Depois de estudar no seminário Redemptoris Mater, em Roma, foi ordenado sacerdote em 11 de maio de 2003. Em seguida, foi designado à paróquia de Santa Maria em Setteville como Vigário Paroquial.

A sua doença foi diagnosticada aos seus 46 anos, no dia 21 de agosto de 2015, e em pouco tempo ele foi perdendo seus movimentos. “O médico que cuidava dele me disse que nunca havia visto um caso tão rápido e violento”, relatou o pároco.

Giuseppe rapidamente já não pôde mais se levantar da cama, disposto a oferecer o seu sofrimento pela salvação das almas. “Sempre foi um sacerdote que levava a cabeça e o coração na comunidade dos seus paroquianos, um homem de oração, de caridade, prudente e querido por todos”.

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