Um novo massacre dentro de um presídio no norte do Brasil voltou a chocar o país em menos de uma semana. Desta vez, 33 presos foram mortos na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, a maior de Roraima. Para o vice-coordenador nacional da Pastoral Carcerária, Padre Gianfranco Graziola, essa é uma realidade que reflete a situação do estado, “que está difícil faz alguns anos”.

A Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc) do estado de Roraima informou que as mortes ocorreram na madrugada desta sexta-feira. De acordo com o secretário Uziel Castro, aconteceu uma rebelião no local e presos da facção Primeiro Comando da Capital (PCC) teriam assassinado os demais detentos.

Ainda de acordo com a secretaria, agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e da Polícia Militar (PM) entraram pela manhã na unidade, a qual abriga cerca de 1.400 presos, o dobro.

Este é o terceiro maior massacre em presídios brasileiros, estando atrás de Carandiru, com 11 presos mortos em 1992 e o que aconteceu em Manaus no último domingo, 1º de janeiro, quando 56 detentos foram assassinados.

Pe. Gianfranco Graziola pontuou à ACI Digital que “há dois anos houve a danificação dá estrutura” prisional que já é “por si precária”. “Hoje existem diversos problemas sejam estruturais como técnicos. Em tudo isso temos o descaso de mais de uma década do Estado de Roraima”, declarou o sacerdote que já atuou neste estado do norte do país.

O vice-coordenador da Pastoral recordou ainda que “este massacre começou em outubro” de 2016, quando 10 presos foram mortos na mesma unidade prisional de Roraima, “e continua até hoje”.

Neste sentido, destacou que “a Pastoral Carcerária é para um mundo sem prisões. Ela tem a agenda do desencarceramento e Justiça Restaurativa como compromissos para democratização dá justiça e a realização de um mundo sem cárceres”.

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