No ano em que o Brasil recorda os 300 anos da aparição da imagem de Nossa Senhora Aparecida, os católicos de Minas Gerais têm mais um motivo para celebrar a Virgem Maria: os 250 anos de peregrinação ao Santuário de Nossa Senhora da Piedade, padroeira do Estado. Por esta ocasião, o Papa Francisco enviou uma mensagem aos peregrinos.

Uma Missa presidida pelo Arcebispo de Belo Horizonte, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, na Ermida da Padroeira de Minas Gerais, no dia 1º de janeiro, marcou a abertura do Jubileu de 250 anos de peregrinações ao Santuário em Caeté (MG).

Durante a celebração o reitor do Santuário, Padre Fernando Nascimento, leu a saudação especial do Papa Francisco enviada a Dom Walmor.

No texto, o Santo Padre concedeu a sua bênção apostólica a todos os peregrinos do Santuário de Nossa Senhora da Piedade e aos fiéis da Arquidiocese de Belo Horizonte. O Papa Francisco também pediu para que todos continuem rezando por seu ministério.

Aos fiéis presentes, o Arcebispo recordou que o início da devoção e das peregrinações ao Santuário de Caeté se deu a partir de um milagre. Conforme explica o site da Arquidiocese, uma jovem, surda e muda, passou a falar e a ouvir após testemunhar uma aparição de Nossa Senhora, no alto da Serra da Piedade.

A história dessa menina se tornou conhecida pela região, atraindo peregrinos para o território dedicado a Maria, Mãe da Piedade. Os relatos do milagre chegaram aos ouvidos do português Antônio da Silva Bracarena, que estava no Brasil em busca de riquezas e se converteu ao tomar conhecimento de tal fato.

Tocado pelo milagre, Bracarena decidiu viver como eremita no alto da Serra e investir tudo o que possuía na construção da pequena igreja, que hoje é a Ermida da Padroeira de Minas Gerais. Começou também a construção de um rústico eremitério – lugar para receber os romeiros.

Antes mesmo de se converter, Bracarena já trabalhava na construção de Igreja e, por isso, conhecia o escultor Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, o qual anos mais tarde foi reconhecido como mestre do barroco mineiro.

Bracarena pediu a Aleijadinho que fizesse uma imagem de Nossa Senhora da Piedade para o altar da capela que estava sendo construída. A peça, um dos primeiros trabalhos de Aleijadinho, é a mesma que ainda hoje está no altar da Ermida. Trata-se, assinala a Arquidiocese, de uma imagem de importância internacional por seu valor religioso, cultural e artístico.

Em reconhecimento à devoção do povo mineiro e aos peregrinos que visitam o Santuário na Serra da Piedade, em 1960, por decreto do Papa João XXIII, Nossa Senhora da Piedade se tornou padroeira de Minas Gerais.

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