Com um gesto de clemência, o Papa Francisco concedeu a liberdade condicional ao sacerdote espanhol Lucio Ángel Vallejo Balda, que tinha sido condenado pelo vazamento de documentos conhecido como “Vatileaks 2”.

O sacerdote espanhol, antigo secretário da Prefeitura de Assuntos Econômicos, foi condenado no mês de julho a 18 meses de prisão por ter vazado documentos econômicos reservados da Santa Sé. Até agora, tinha cumprido 11 meses de sua condenação.

Este ato de clemência do Papa Francisco com o sacerdote espanhol lhe concede a liberdade condicional, o que lhe permite abandonar a prisão do Vaticano na qual se encontrava, mas não anula os sete meses restantes que faltam.

Segundo aponta o jornal espanhol ‘ABC’, caso infrinja as condições desta liberdade, algo que já fez quando estava à espera do julgamento, voltaria à prisão da Gendarmaria Vaticana para cumprir o resto do tempo que falta.

Desta maneira, o sacerdote encerra todos os vínculos laborais com a Santa Sé e passa a integrar à Diocese de Astorga, León (Espanha), à qual pertence.

Dependerá, como todos os sacerdotes diocesanos, de seu Bispo, neste caso, Dom Juan Antonio Menéndez Fernández, e deverá se dedicar às atividades que este o designe. Também lhe é requerido um comportamento discreto.

Mons. Lucio Ángel Vallejo Balda foi detido em 1º de novembro de 2015, acusado de vazar material classificado de caráter econômico da Santa Sé, um processo conhecido como “Vatileaks 2”.

A maioria dos documentos vazados provinham da Comissão Investigadora dos Organismos Econômicos e Administrativos da Santa Sé (COSEA), da qual o Pe. Vallejo Balda era secretário.

O processo judicial terminou no último 7 de agosto, com a sentença de 18 meses de prisão para o sacerdote e 10 meses de prisão para a publicitária italiana Francesca Chaouqui, também imputada no caso dos vazamentos.

Quando ingressou na prisão da Gendarmaria em 22 de agosto de 2015, o sacerdote já tinha cumprido mais da metade da pena por uma série de medidas cautelares.

O Pe. Vallejo Balda reconheceu ter dado a vários jornalistas o acesso aos dados financeiros, mas assegurou tê-lo feito sob a pressão da publicitária Chaouqui.

O Tribunal suspendeu a pena de Chaouqui por sua recente maternidade.

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