A Santa Sé acolherá durante esta semana uma Conferência Internacional intitulada “Por uma cultura da saúde acolhedora e solidária, a serviço das pessoas afetadas por patologias raras ou negligenciadas”, que busca promover o tratamento e a atenção pastoral dos doentes afetados por este tipo de patologias.

Durante uma coletiva de imprensa realizada no Vaticano, o Secretário do Pontifício Conselho para a Pastoral dos Agentes de Saúde, Jean-Marie Musivi Mupendawatu, apresentou os objetivos desta conferência.

“A Igreja – explicou –, que ao longo dos anos de seu bimilenar serviço ao mundo dos enfermos sempre colocou o serviço aos que sofrem e aos doentes como parte fundamental da sua missão, se propõe com a organização desta conferência a contribuir no serviço das pessoas que sofrem doenças raras e esquecidas, e proporcionar algumas respostas a este desafio no âmbito educativo, cultural e pastoral”.

Assinalou que, para a Igreja, “o cuidado e o tratamento dos pacientes em geral, e dos que sofrem doenças raras e esquecidas em particular, é uma obra de misericórdia corporal evangélica inevitável”.

“Esta urgência pastoral – indicou –, com uma atenção especial aos trabalhadores e executivos da saúde, encontra na visão eclesial de Francisco um novo impulso, como demonstram as diversas iniciativas e ações promovidas e implementadas durante o Jubileu Extraordinário da Misericórdia”.

Recordou que, segundo a Organização Mundial da Saúde, “uma doença é considerada rara quando afeta uma pessoa a cada 2000, ou menos”.

Isto significa que há entre 5000 e 8000 doenças raras, 80% delas são de origem genética e frequentemente supõem um sério risco de morte para o paciente. Calcula-se que 40 milhões de pessoas padecem de uma doença rara.

O Secretário do Pontifício Conselho para a Pastoral dos Agentes de Saúde sublinhou um tema que considerou especialmente interessante acerca do conteúdo da Conferência.

“Propõe, em seu desenvolvimento, temática e agenda, mover toda a comunidade internacional a se comprometer em torno de três eixos que são o fio pedagógico condutor de nosso trabalho: impulsionar as investigações tanto no sentido científico como clínico-assistencial; tratar melhor, em uma lógica acolhedora e solidária, a vida do doente; e proteger o ambiente em que vive o homem”.

A 31ª Conferência Internacional promovida pelo Pontifício Conselho para a Pastoral dos Agentes de Saúde acontecerá na Sala Nova do Sínodo, entre os dias 10 e 12 de novembro.

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