Um grupo de trabalhadores cristãos foi executado pelos terroristas do al-Shabab na última terça-feira, em Mandera, no Quênia, junto à fronteira com a Somália. O ataque vitimou ao menos 12 pessoas em um pequeno hotel, o Bishaaro Guest House.

Segundo a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN), o atentado foi perpetrado com metralhadoras, além de recursos explosivos e granadas. Prontamente, o al-Shabab – ligado à al-Qaeda – reivindicou o ataque.

Em uma mensagem publicada na internet, os terroristas assumiram que, com este atentado, procuravam visar precisamente “os trabalhadores cristãos”.

Além de um ataque aos não-muçulmanos – neste caso especificamente os cristãos –, a ACN assinala que o caso de ontem pode ser visto como uma ação de retaliação contra o governo do Quênia, pelo fato de este país ter decidido intervir na Somália, procurando afastar das suas fronteiras a ameaça terrorista.

Considerado um dos países do mundo onde a perseguição à comunidade cristã é mais crítica, a Somália tem sido vítima, desde 2006, de constantes atentados da milícia islâmica Al Shabab. O objetivo dos terroristas é derrubar o governo local e estabelecer, pelo menos em algumas regiões, um território baseado na versão mais estrita da lei islâmica.

Além disso, este grupo busca expandir o mapa do terror também aos países da região, nomeadamente o Quênia, como se verificou com o atentado em Mandera.

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