“Acaso os terroristas que assassinam cristãos perguntam se são católicos, ortodoxos ou luteranos?”, questionou o Papa Francisco durante um encontro na manhã de ontem no Vaticano.

“Quando os terroristas ou as potências mundiais perseguem as minorias cristãs ou os cristãos, eles não perguntam: ‘Você é luterano? Ortodoxo? Católico? Reformado? Pentecostal?’ Não. Não. É cristão e basta. Reconhecem-nos como cristãos”, afirmou.

“Este é o ecumenismo de sangue”, assinalou o Pontífice. Um ecumenismo “que hoje é muito oportuno”. O Bispo de Roma fez estas afirmações ante a delegação da Conferência de Secretários da “World Christian Communions”, aos quais recebeu antes da audiência geral de quarta-feira, 12 de outubro.

O Papa citou como exemplo deste ecumenismo de sangue os monges coptos degolados na praia da Líbia: “São nossos irmãos”, assegurou.

Francisco valorizou os esforços dos cristãos para caminhar todos juntos no caminho de Jesus. “O ecumenismo se faz a caminho e a caminho com Jesus, não com o meu Jesus contra o teu Jesus, mas com o nosso Jesus. O caminho é simples: Faz-se com a oração e com a ajuda aos outros. Rezar sempre: ecumenismo da oração uns com os outros e todos pela unidade. O amor ao próximo: isto é ecumenismo, isto é unidade. Unidade a caminho com Jesus. O ecumenismo do trabalho em prol de tantas pessoas carentes, muitos homens e mulheres que hoje sofrem injustiças, guerras…”.

O Santo Padre também destacou o importante trabalho ecumênico que os teólogos realizam. E indicou: “É importante que os teólogos estudem, entrem de acordo e expressam desacordo. Isso é muito importante”.

A Conferência anual de Secretários da “World Christian Communions” reúne representantes de diferentes confissões cristãs para debater juntos e estabelecer laços entre cristãos. Os participantes são, normalmente, a face global de uma tradição teológica cristã particular.

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