A atriz Sally Phillips, que interpretou Shazza nos três filmes de Bridget Jones, lamentou recentemente que, no Reino Unido, mães de bebês com síndrome de Down são pressionadas pela equipe médica para praticar um aborto.

Em um artigo publicado na Rádio ‘Times’, recolhido pelo jornal britânico ‘The Daily Mail’, Phillips, casada e mãe de três filhos, um deles com síndrome de Down, assegurou: “Escutei muitas histórias de mulheres sendo pressionadas por profissionais da área médica para fazer-se um teste e inclusive para abortar”.

A atriz inglesa – natural de Hong Kong – conversou com várias mulheres ao realizar um documentário para BBC2. Uma das pessoas com quem conversou recordou que o médico disse: “Vamos acabar com esse absurdo enquanto podemos”.

A outra mulher, recordou, programaram o aborto de seu bebê sem o seu consentimento.

No terceiro caso, um médico pressionou uma mulher e ainda assegurou que o “seu casamento acabará se tiver este bebê”.

Quando o seu filho Oliver nasceu, atualmente com 12 anos, os médicos disseram a Sally Phillips que poderia não falar ou caminhar. Hoje ele corre, nada, anda de bicicleta e inclusive recita poesia.

Phillips percebeu a anomalia genética de Oliver pouco depois do parto. “Depois que superamos o impacto inicial, simplesmente seguimos. Não seria fácil, mas nunca reclamamos dos momentos difíceis”, assinalou.

Para a atriz britânica, é difícil compreender como no Reino Unido ainda seja legal a prática do aborto dos bebês com deficiência, inclusive até o momento do parto. Fica mais incomodada ainda pois na Holanda permitem matar um bebê com injeção letal depois de nascer, aplicando o protocolo Groningen.

“Não entendo como isso pode ser aceitável, só de pensar me dá até dor de cabeça”, disse.

Para Phillips, “se negamos a alguém a oportunidade de nascer porque decidimos que não cumprem algumas medidas predeterminadas de status ou conquistas, então fracassamos na compreensão do que significa ser humano”.

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