Durante a audiência geral de hoje celebrada na Sala Paulo VI, o Papa João Paulo II refletiu sobre o Cântico do capítulo 15 do Livro do Apocalipse intitulado “Hino de adoração e de louvor”; e afirmou que a verdadeira oração, além de petição é “celebração, profissão de fé no Senhor que salva”.

O Santo Padre explicou que este hino “é entoado pelos savados, os justos da terra. Como os judeus no Êxodo, depois de atravessar o mar cantavam o hino de Moisés, os eleitos elevam a Deus seu ‘canto de Moisés e do Cordeiro’ após ter vencido a Besta, inimiga de Deus”.

Com este  hino –acrescentou o Papa– os salvados “exaltam as ‘grandes e admiráveis obras’ do ‘Senhor Deus Onipotante’, quer dizer, seus gestos salvíficos no governo do mundo e na história. A verdadeira oração, além de petição, é louvor, ação de graças, benção, celebração, profissão de fé no Senhor que salva”.

O Pontífice indicou que  “é  significativa neste canto a dimensão universal, que se expressa nos termos do Salmo 85: ‘Todas as nações que fizeste virão prostrar-se diante de Ti, Senhor’. O olhar se estende a todo o horizonte e se vêem multidões de povos que se dirigem ao Senhor para reconhecer seus  ‘justos julgamentos’, quer dizer, as intervenções na história para isolar o mal e elogiar o bem”.

“Por isso, o anseio de justiça presente em todas as culturas, a necessidade de verdade e amor que se percebe em todas as espiritualidades, manifestam o desejo de salvação, que só pode vir do Senhor”, acrescentou o Papa.