O Papa Francisco recebeu na tarde desta quarta-feira o Presidente da França, François Hollande, em uma audiência privada que durou aproximadamente 40 minutos e aconteceu menos de um mês após o ataque terrorista em Nice e o assassinato do Pe. Jacques Hamel em uma igreja da Normandia.

A Santa Sé informou que o Papa recebeu Hollande na Sala Paulo VI, com a ajuda de um intérprete.

No final do encontro, o mandatário francês deu de presente ao Pontífice uma porcelana de Sèvres com o escudo da França. Por sua parte, Francisco lhe entregou uma escultura em bronze, obra da artista Daniela Fusco, “que busca representar de forma visível a profecia de Isaías: ‘e fará o seu deserto como o Éden, e a sua solidão como o jardim do Senhor’: o ramo seco com espinhos coberto com folhas e frutos representa a transição do egoísmo à colaboração, da guerra à paz”.

O Papa também lhe entregou um exemplar de sua encíclica “Laudato si” e das exortações apostólicas “Amoris laetitia” e “Evangelii gaudium”.

Depois da audiência, Hollande teve uma conversa com o Secretário de Estado Vaticano, Cardeal Pietro Parolin. Participaram também o Secretário para as Relações com os Estados, Dom Paul Gallagher, e o Ministro do Interior da França, Bernard Cazeneuve, com o assessor diplomático Jacques Audibert.

Embora a Santa Sé não tenha informado sobre o conteúdo das conversas, em declarações prévias à imprensa, Hollande indicou que tinha a intenção de transmitir a Francisco “uma mensagem de gratidão” por suas “palavras de grande consolo” pronunciadas logo depois que o Pe. Hamel foi assassinado por dois terroristas do Estado Islâmico no dia 26 de julho, enquanto celebrava Missa em Saint-Etienne-du-Rouvray, na Normandia.

Além disso, disse que também conversaria com o Santo Padre a respeito do problema do extremismo religioso, da crise dos refugiados e da situação dos cristãos no Oriente Médio.

Antes de se reunir com Francisco, o mandatário se dirigiu à igreja de São Luis dos Franceses, no centro de Roma, para recordar as vítimas dos últimos atentados terroristas em seu país.

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