Segundo informações da Arquidiocese de Belo Horizonte,   257 paróquias de sua jurisdição  têm 56 diferentes tipos de atividade social que atendem à pessoas com algum tipo de carência em 28 cidades da região. A maioria delas tem caráter emergencial e assistencial e a distribuição de alimentos, o atendimento a crianças e adolescentes e o apoio às famílias carentes estão em mais de 50% das paróquias.

Esses são os dados parciais da  pesquisa  que, com o objetivo de conhecer e melhorar o sistema de suas atividades sociais,  o Vicariato para a Ação Social e Política e a Ação Social Arquidiocesana (ASA), em parceria com a PUC de Minas, está realizando nas paróquias na Região metropolitana e cidades adjacentes.

A primeira etapa da pesquisa ocorreu no período de maio a dezembro, quando foram realizadas as visitas nas paróquias. Durante a investigação os  dados foram compilados e  analisados por profissionais dos departamentos de Administração e Computação da PUC.

De acordo com o coordenador da ASA, Marcílio de Oliveira Castro, o diagnóstico vai informar em quais paróquias existem atividades sociais, quais são elas, como funcionam e quem é o público beneficiado. “A partir daí, poderemos criar um plano de ação conjunta, em toda a arquidiocese”, explica.

O resultado final da pesquisa está previsto para o mês de agosto, mas já se pode observar,  que a grande maioria das atividades sociais realizadas é de caráter emergencial e assistencialista, o que é preocupante na avaliação do vigário episcopal do Vicariato, Padre José Januário Moreira, e merece atenção especial.

"O próprio Evangelho nos mostra que é importante dar o pão a quem tem fome, mas é fundamental que a Igreja esteja presente, com o mesmo peso, em ações que promovam o ser humano, que ajudem na transformação da realidade, valorizando a dignidade e a cidadania. Os resultados desta pesquisa, que ainda não terminou, vão nos possibilitar realizar um trabalho neste sentido, atendendo as demandas das paróquias” , explica.

A pesquisa foi realizada de acordo com o programa de Evangelização da Arquidiocese "Igreja Viva, Povo de Deus em Comunhão" e faz do planejamento social que a arquidiocese está implantando desde a II Assembléia do Povo de Deus, realizada em 2003.