LOS ANGELES, 23 de jun de 2016 às 15:30

O Arcebispo de Los Angeles, Dom José Gómez, pediu aos americanos “voltem a Deus” através da oração depois do massacre de 50 pessoas em uma boate gay de Orlando.

Dom Gómez explicou que rezar não é “algo passivo”, não “substitui a ação, nem é uma desculpa para não fazer nada” e “quando rezamos, colocamo-nos a nós mesmos – nossas vidas, nossos entes queridos, nosso mundo – ante a presença dos olhos cheios de amor do nosso Criador”.

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Ao rezar, “reconhecemos que há um significado maior nos acontecimentos de nosso tempo e de onde estamos; reconhecemos que esta violência sem sentido e este medo não é ‘tudo o que existe’”, acrescentou em sua reflexão semanal intitulada “Depois do último tiroteio massivo”

O Prelado indicou que com a oração “pedimos ao Pai da criação que permaneça próximo dos seus filhos que choram, console aqueles que estão de luto a fim de fortalecer todos para que vençam o mal com o bem, o ódio com o amor”.

“É complicado e frustrante e é como se tivéssemos passado por isso antes. Ocorreram tantos tiroteios massivos, e agora outro que, ao parecer, é um ato de terrorismo cometido em nome de uma ideologia religiosa radical. Quando soube da notícia, lembrei dos homicídios que aconteceram em São Bernardino, há apenas alguns meses”.

Dom Gómez indicou que a “‘violência nunca pode ser ‘santificada’ e que não se pode servir ao Deus vivo e verdadeiro com o derramamento de sangue inocente ou obrigando os outros a acreditarem no que eles acreditam. Devemos construir uma nova cultura de solidariedade e generosidade, uma cultura de diálogo. Não podemos permitir que nos dividam por meio do medo a outros que não se parecem conosco ou que não rezam como nós”.

Assinalou ainda que, “nestes tempos em que as coisas parecem escuras e incertas, a cruz permanece no centro da história da humanidade, como um sinal desse encontro que sempre é possível entre o pecado humano e a misericórdia divina”.

“A cruz nos mostra que o Deus vivo e verdadeiro não nos chama a sacrificar a vida de outros para servi-lo. A verdadeira religião é o amor que entregamos livremente a Deus e que expressamos por meio do próprio sacrifício e no serviço para fazer o bem aos outros”, expressou.

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