O massacre de Tiananmen foi recordada no sábado, 4 de junho, em Hong Kong e Macau, ao completar 27 anos. Entre as manifestações, milhares de pessoas participaram de vigílias e também rezaram o Santo Terço.

Em 4 de junho de 1989, na Praça de Tiananmen (Praça da Paz Celestial), em Pequim, o exército chinês avançou com tanques sobre um protesto pacífico promovido pelos chineses contra o governo do Partido Comunista.

Quase três décadas depois, ainda é desconhecido o número real de pessoas que perderam a vida nesse dia. Entretanto, é relativamente consensual que poderão ter morrido mais de mil pessoas.

Atualmente, Hong Kong e Macau são as duas únicas regiões administrativas especiais chinesas onde é possível assinalar publicamente a violenta repressão de 4 de junho de 1989.

Nas manifestações de sábado, conforme assinala a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN), milhares de pessoas voltaram a defender a liberdade e a democracia para a China, em uma homenagem que se repete todos os anos aos que foram mortos pelo exército chinês quando ocupavam a Praça da Paz Celestial em um protesto pacífico por reformas e democracia.

Antes do início da vigília propriamente dita, católicos presentes em Hong Kong rezaram o Terço, pedindo justiça e democracia para o país. Estiveram presentes neste momento o Bispo emérito do território, Cardeal Joseph Zen, o Bispo auxiliar, Dom Joseph Ha Chi-shing, e diversos sacerdotes.

Durante a oração, foram recordados os que morreram no massacre, os que o testemunharam, assim como os muitos defensores dos direitos humanos, dissidentes e pessoas perseguidas que se encontram nas prisões chinesas.

Fora de Hong Kong e Macau, indica a Fundação ACN, o Partido Comunista continua proibindo a evocação do dia 4 de junho de 1989, a fim de silenciar qualquer memória do sangrento episódio.

De acordo organizações de defesa dos direitos humanos, neste ano, pelo menos seis ativistas foram detidos por, alegadamente, ter participado em cerimônias privadas de tributo às vítimas.

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