No último mês de março, o governo local formado pelo PSOE, IU, Podemos aprovou a retirada da Cruz situada na praça da igreja de São Martín em Callosa de Segura, na cidade de Alicante (Espanha). Segundo afirmaram, tratava-se do cumprimento da Lei de Memória Histórica. Milhares de pessoas reagiram por meio de uma petição em que mostram seu rechaço por tal decisão do governo e pedem que o símbolo religioso não seja retirado.

A Plataforma Cidadã em Defesa da Cruz fez uma petição no Change.org contra a decisão do governo da localidade de Callosa de Segura, pois, conforme considera, “a liberdade religiosa e de consciência é um dos pilares das sociedades democráticas reconhecidas expressamente na legislação nacional e internacional”.

Por isso, esta plataforma cidadã insiste em que “a presença da Cruz neste espaço comum não atenta contra ninguém, pois não obriga nada, mas mostra a presença de Cristo crucificado como sinal que une as pessoas, promove os princípios de igualdade, liberdade e tolerância, porque para Cristo todos os homens são irmãos e, portanto, iguais”.

Ante a aplicação errada da Lei de Memória Histórica, os cidadãos sublinham o valor da presença da cruz na Praça da Igreja “como parte da nossa identidade histórica, cultural e espiritual cotidiana”, uma presença que “foi e é majoritária e popularmente aceita em toda a cidade”.

Além disso, desta maneira a plataforma mostra sua surpresa e preocupação ante “a imposição de iniciativas minoritárias que pretendem a exclusão ou rechaço da Cruz, do religioso e dos seus sinais da vida pública”.

Para assinar a petição, acesse: https://www.change.org/p/ayuntamiento-de-callosa-de-segura-no-a-la-eliminaci%C3%B3n-retirada-de-la-cruz?recruiter=18136358&utm_source=share_for_starters&ut

Lei de Memória Histórica

Trata-se de uma lei aprovada em 2007, através da qual estabelecem medidas em favor de quem sofreu perseguição ou violência durante os anos da Guerra Civil Espanhola (1936-1939) e a ditadura de Francisco Franco, posterior a esta luta. É uma lei controversa, pois favorece uma ideologia e não a reconciliação dos espanhóis.

A norma obriga a retirada de monumentos, símbolos ou nomes de lugares públicos estabelecidos depois da Guerra Civil Espanhola e relacionados com esta.

Apesar de os monumentos relacionados com a Igreja católica permaneceram fora desta lei, em sua aplicação real não foi respeitado.

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