“Esta é uma viagem marcada pela tristeza”, explicou o Papa Francisco aos jornalistas a bordo do avião rumo à ilha grega de Lesbos, que recebe diariamente centenas de refugiados, principalmente do Oriente Médio.

Em sua saudação à imprensa, o Santo Padre assinalou que esta “é uma viagem pouco diferente das outras. Nas viagens apostólicas, vamos fazer tantas coisas: ver as pessoas, falar... há também a alegria do encontro. Esta é uma viagem marcada pela tristeza, isso é importante”.

“É uma viagem triste”, reiterou Francisco, porque “vamos encontrar a maior catástrofe humanitária após a Segunda Guerra Mundial”.

De acordo com um relatório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) de 15 de abril, em toda a Grécia há 46.450 refugiados para uma capacidade de 30.860.

Na ilha de Lesbos, diz ACNUR, até ontem era contabilizados 4.142 refugiados para uma capacidade de 3.500.

A maioria dos refugiados que chegam à Grécia são provinientes da Síria, Afeganistão, Iraque, Paquistão e Somália.

O Santo Padre disse aos jornalistas que em Lesbos “vamos – e veremos – tantas pessoas que sofrem, que não sabem aonde ir, que tiveram que fugir”.

“Iremos também a um cemitério: o mar. Tantas pessoas se afogaram ali. Digo isto para não causar amargura, não por amargura, mas também porque o seu trabalho de hoje pode transmitir em seus meios de comunicação o estado de ânimo com o qual faço esta viagem. Obrigado por me acompanhar. Muito obrigado!”, expressou.

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